Presos durante a Operação Hefesto, da Polícia Federal, em setembro de 2018, os ex-diretores da Assembleia Legislativa Adalcimar Nunes e Francisco Auricélio Rego da Silva foram absolvidos da acusação de obstrução de Justiça. A decisão proferida na segunda-feira (8) é do juiz Herley da Luz Brasil, da 2ª Vara Federal no Acre.
A operação policial foi deflagrada para apurar um suposto esquema milionário de corrupção que envolvia o contrato de mídia da Assembleia Legislativa.
À época, um policial legislativo da Casa deu um depoimento à PF sobre o caso envolvendo os dois ex-diretores, porém, de acordo com o argumento apresentado pela defesa de Auricélio e Adalcimar acatado pelo juiz federal, a fala do servidor “foi adulterada em sua transcrição”.
“Tendo em vista que o depoimento tomado pela Polícia Federal foi alterado no momento de sua transcrição conforme verifica-se pela confrontação do conteúdo da gravação em vídeo do depoimento com o Termo de Depoimento produzido pela Autoridade Policial, juntado ao inquérito, e que o membro do MPF atuante em 1º grau não viu irregularidade na atuação policial, determino seja oficiado à 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF”, diz a decisão judicial.
A PF apontou à época que, em gozo de férias, Auricélio e Adalcimar ingressaram na sede do Poder Legislativo após o fim do horário de expediente com o fim de subtrair documentos de interesse da investigação e necessários à prova dos crimes em apuração.
