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POLÍCIA

Ex-sargento da PM e colega de farda são julgados por assassinato e fraude processual no Acre

Ex-sargento da PM e colega de farda são julgados por assassinato e fraude processual no Acre

O ex-sargento da Polícia Militar do Acre, Erisson Nery, será julgado nesta sexta-feira, 22, pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Criminal de Rio Branco. Ele é acusado pelo assassinato do adolescente Fernando de Jesus, de 13 anos, ocorrido em 24 de novembro de 2017, no bairro Canaã, na Capital acreana.

Além de Nery, o policial militar Ítalo de Souza Cordeiro também será julgado, denunciado pelo crime de fraude processual. Segundo o Ministério Público do Acre (MP-AC), Ítalo teria alterado a cena do crime para favorecer a tese de legítima defesa apresentada pelo ex-sargento.

De acordo com a denúncia, Fernando foi morto a tiros quando, supostamente, tentava assaltar a residência de Nery. A defesa do ex-sargento alega que o adolescente estava armado com uma pistola semiautomática, que teria travado no momento da ação. Nery teria reagido ao suposto assalto, disparando pelo menos seis tiros contra o jovem, que não resistiu aos ferimentos.

As investigações apontam que, na época do crime, Nery estava em serviço e teria contado com o auxílio de Ítalo para modificar elementos da cena do crime. O objetivo, segundo o MP-AC, seria reforçar a versão de que o ex-sargento agiu em legítima defesa.

A acusação sustenta que a ação violou os protocolos legais e éticos, comprometendo a investigação inicial do caso. Caso sejam condenados, os réus podem enfrentar penas severas pelos crimes imputados.

O julgamento ocorre sete anos após o crime, atraindo a atenção da sociedade devido à gravidade das acusações e à participação de agentes de segurança pública no caso. A sessão no Tribunal do Júri deve ouvir testemunhas e as partes envolvidas antes que os jurados deliberem sobre o veredicto.

A defesa de Nery mantém a tese de legítima defesa e espera pela absolvição do ex-sargento. Já Ítalo de Souza Cordeiro nega ter alterado a cena do crime e também busca provar sua inocência.