A funcionária pública Daiany Souza, de 36 anos, procurou a reportagem do NH para defender a inocência de seu irmão, Danilo Souza dos Santos, de 35 anos, preso na última quinta-feira, 3, durante uma operação policial no conjunto habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco. Na ação, foram apreendidas armas de fogo e outros suspeitos também foram detidos.
Segundo a Polícia Militar, Danilo e os demais presos confessaram pertencer a uma facção criminosa. No entanto, a família contesta essa versão e afirma que ele não tem qualquer envolvimento com o crime organizado.
Versão da família
De acordo com Daiany, seu irmão foi até a Cidade do Povo apenas para buscar um parente, após insistentes pedidos da tia, que relatou que o neto estava em perigo. “Minha mãe pediu para ele não ir, mas ele acabou indo por amor à família”, desabafou.
Danilo teria solicitado que o parente saísse até a BR para pegá-lo, mas como ele afirmou não conseguir sair, Danilo pegou um primo para ajudá-lo a localizar a casa. Ao chegar ao local, o jovem a quem ele foi buscar entrou no carro junto com outras duas pessoas.
Poucos metros depois, foram interceptados pela polícia, que encontrou uma arma com um dos ocupantes, um menor de idade já conhecido das autoridades.
Defesa nega envolvimento com facção
O advogado de Danilo já entrou com um habeas corpus pedindo a sua liberdade, e a família reforça que ele nunca teve passagem pela polícia e trabalha para sustentar seus três filhos. “Meu irmão é inocente, um homem trabalhador e pai de família!”, declarou Daiany.
A defesa também contesta a maneira como Danilo foi apresentado na Delegacia de Flagrantes (Defla) e à imprensa, classificado como faccionado, apesar de no próprio boletim de ocorrência constar sua negativa em relação a qualquer envolvimento com organizações criminosas.
Investigação segue em andamento
Danilo segue detido no presídio de Rio Branco enquanto aguarda decisão da Justiça. A família pede que seu caso seja revisto e que a mídia pare de vincular sua imagem ao crime organizado. A Polícia Militar mantém sua versão dos fatos e reforça que todos os detidos confessaram ligação com a facção. O caso segue sob investigação para esclarecer os reais envolvidos no crime.
