A morte do então governador do Acre Edmundo Pinto, assassinado em maio de 1992 dentro do apartamento 704 do luxuoso Hotel Della Volpe, na capital paulista, ainda intriga os acreanos, sobretudo a família, que não acredita na versão apresentada pela Polícia Civil de São Paulo, de ter sido um latrocínio.
Esta semana o caso ganhou mais um capítulo. O filho de Edmundo Pinto, o ex-vereador Rodrigo Pinto, usou as redes sociais para dizer que a morte do pai não foi latrocínio como foi divulgado, mas sim “queima de arquivo”, “execução sumária”. Ou seja, os criminosos foram para matar Edmundo Pinto e assim fazer com que ele levasse para o túmulo tudo que sabia a respeito dos recursos envolvendo a construção do canal da maternidade e sobre a empreiteira Odebretch. O governador acreano iria depor em uma CPI do Congresso Nacional.
“Edmundo iria a CPI não porque foi convocado, ele se ofereceu para fazer uma declaração bombástica e denunciar a corrupção, pagamento de propina que vimos hoje atualmente nas páginas policiais do Brasil. Empresas envolvidas: Odebrecht!! Executaram Edmundo Pinto e depois torturaram e mataram o prefeito de Santo André –SP até hoje outro ministério”, escreveu Pinto ao repudiar a produção audiovisual Investigação Criminal – Caso Governador do Acre.
A morte do governador até hoje deixa um sentimento de injustiça e falta de mais compromisso das polícias Civil de São Paulo e Federal, que nunca procuraram chegar mais afundo nas contradições apresentadas no inquérito. Os depoimentos dos dois latrocidas, Gilson José dos Santos e Edilson, afirmam que o crime foi encomendado por pessoas que eles não souberam identificar e não souberam dizer qual a empresa estava ordenando o assassinato, mas esclareceram tudo para o antigo jornal do SBT, denominado de Aqui Agora.
O governador Edmundo Pinto foi morto na madrugada de domingo do dia 17 de maio de 1992 e, por mais surpreendente que seja, somente um gringo americano escutou os tiros mesmo estando a uns 15 metros do quarto de Edmundo. Os integrantes da comitiva do governador que estavam nos quartos ao lado do chefe de Estado não escutaram os tiros.