O Iapen confirma a informação que ele estava detido na UP-4 por ser filho de militar, mesmo não tendo prerrogativas para isso. Além disso, foi concedido a ele o benefício de trabalhar fora do presídio, local onde aproveitou para fugir
Um caso sinistro aconteceu na semana passada e revelou outro bem maior. O principal acusado de matar a jovem Dayane Kévila da Silva Almeida, 29 anos, em setembro de 2017, em Capixaba, Mateus Capaneirute, vulgo diabão, que aguardava julgamento na UP4, em Rio Branco, fugiu enquanto prestava serviço fora da unidade prisional.
Pesa contra diabão, a acusação de ter cometido mais 4 homicídios. Ele estava recolhido na UP4. A unidade é destinada para presos que estão no semiaberto, o que não é o caso de diabão.
A família de Dayane Almeida cobra explicações do IAPEN para saber por quais motivos, o acusado conseguiu recebeu o benefício de trabalhar fora do presídio sendo um indivíduo considerado perigoso e ao menos ter sido julgado.
Lucas Gomes, diretor-presidente do IAPEN disse à repórter Rose Lima, da TV 5, que o caso está sendo investigado e revelou que Mateus, o diabão, não tinha deveria ter sido colocado para funções externas. Ele garantiu que o coordenador de segurança da UP4 foi afastado do cargo. Acrescentou que diabão estava na UP4, por ser filho de militar. O que não justifica a medida.
A mãe de Dayane Kévila, Valquíria Roque, que foi ferida a bala no dia em que a filha foi morta por diabão e presenciou toda a cena do crime, diz ter medo que o criminoso volte a importunar a família. Ela diz temer pela própria vida.