Deibson Cabral e Rogério Mendonça, há 150 dias não tinham celas revistadas por policiais penais. A crise instaurada no Ministério da Justiça e Segurança Pública e a tentativa, no sexto dia, de recapturar dos criminosos, são manchetes nos principais jornais do Brasil nesta segunda-feira.
Durante entrevista coletiva ontem, a 280 km da cidade de Natal (RN), o ministro da justiça e segurança pública, Ricardo Lewandowski disse que soube através da imprensa sobre os relatórios que apontavam falhas no presídio de segurança máxima de Mossoró, que custou cerca de R$ 25 milhões aos cofres públicos. Sem aprofundar o debate, Lewandowski garantiu a correção dos procedimentos estruturais. “Não afeta a segurança dos demais presídios”, acrescentou.
De acordo a Folha de São Paulo, o primeiro relatório, de 2021, apontava que mais cem câmeras estavam inoperantes em Mossoró. O segundo, do ano passado, afirma que policiais penais alertaram para a possibilidade de fuga pelas luminárias do presídio.
Os presos acreanos Deibson Cabral Nascimento e Rogério Silva Mendonça fugiram na madrugada de quarta-feira de cinzas, saindo exatamente pela luminária das celas onde cumpriam Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
A fuga, no entanto, foi planejada, com o avançar das investigações feita pela Polícia Federal – que apura também se houve facilitação interna ou externa – que pudesse contribuir com a trama feita pelos dois detentos, um verdadeiro quebra cabeça vai sendo montado.
Com informações repassadas pelo juiz-corregedor do presídio de Mossoró, Walter Nunes, em entrevista à imprensa, sabe-se agora que os dois presos usaram uma barra de ferro de 50 centímetros para escavar o buraco próximo da luminária. Neste caso, o RDD ajudou no plano de fuga. Isolados desde que foram transferidos do Acre (150 dias), as celas não eram fiscalizadas pelos policiais penais, o que ajudou na trama. Deibson Cabral e Rogério Mendonça não tinham direito a banho de sol em área comum.
Os dois criminosos que escaparam, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, são ligados ao Comando Vermelho e respondem a mais de 30 processos de homicídio, roubo, tráfico de drogas e participação em organizações criminosas.
O efetivo que trabalham em Força-Tarefa aumentou para 500 pessoas. De acordo os especialistas que colaboram com a operação, a área de busca é extensa, rural, coberta por mata e possui várias estradas e casas esparsas. O ministro Lewandowski afirmou que não há prazo para captura dos fugitivos de Mossoró, diz Lewandowski
A crise instaurada no Ministério da Justiça e Segurança Pública e a tentativa, no sexto dia de recapturar Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento é manchete nos principais jornais do Brasil.