Seis pessoas foram presas preventivamente na manhã desta sexta-feira (12) durante a "Operação Trojan", da Polícia Civil do Acre, acusadas de fraudes em licitações públicas na Secretaria de Educação do Estado. Entre os presos, de acordo com apuração do Notícias da Hora, estão Cristiano Silva Ferreira, genro do deputado José Bestene (Progressistas) e Márcio Mourão, ex-secretário adjunto do setor. As prisões envolvem três servidores públicos e três empregados da empresa denunciada.
Durante coletiva, o delegado Pedro Rezende, da Delegacia de Combate à Corrupção, afastou qualquer contaminação política na operação e afirmou que o trabalho policial é técnico.
A operação que envolveu 40 policiais civis, investigou o superfaturamento e sobrepreço na aquisição de computadores da C.Com Shopping Informática, de Cristiano Ferreira.
"Foi apontado no relatório do TCE um superfaturamento, porque já tinha sido pago, um sobrepreço, porque ainda não tinha sido pago. Nós da Delegacia de Combate à Corrupção passamos a investigar a adesão a uma ata e ficou comprovado de que teve ali crimes, associação criminosa e falsidade ideológica", aponta o delegado, que lembra que a ata é de 2019.
O nome da operação policial "Trojan" vem da mitologia Grega e faz referência a "Cavalo de Tróia", que também é um dos programas maliciosos mais comuns. Ele acessa seu dispositivo disfarçado como um programa comum e legítimo. Seu papel é possibilitar a abertura de uma “porta”, de forma que usuários mal intencionados possam invadir o computador.
A Polícia Civil também pediu bloqueio em contas bancárias na ordem de R$ 2, 4 milhões, apreendeu carros e documentos na casa dos envolvidos.