Com o avanço do PIX como principal método de pagamento no Brasil, cresce também o número de golpes virtuais direcionados aos clientes bancários. Um dos golpes mais recentes é conhecido como "golpe do PIX errado".
Segundo dados do Banco Central, o PIX registrou um recorde de 224 milhões de transações, o que cria um ambiente propício para atividades fraudulentas. No golpe do PIX errado, os criminosos iniciam transferindo dinheiro para a conta da vítima usando uma chave PIX, como número de telefone celular.
Após a transferência, os golpistas entram em contato com a vítima, geralmente por ligação ou mensagem de WhatsApp, alegando que cometeram um engano e solicitando a devolução do dinheiro. Utilizando técnicas persuasivas, eles convencem a vítima a transferir o valor para uma conta diferente da qual originou a transação.
O golpista então aciona o Mecanismo Especial de Devolução (MED) junto ao banco, alegando que foi enganado e solicitando a devolução dos fundos. Este mecanismo, criado para proteger vítimas de fraudes, é ironicamente utilizado contra elas neste golpe. Quando os bancos identificam a triangulação das transferências, associam o caso a um golpe, mas o dinheiro já foi retirado da conta da vítima.
O Banco Central orienta que, ao receber um PIX por engano, a vítima deve utilizar a opção de "devolução" disponível no aplicativo do banco. Esta funcionalidade estorna o valor para a conta de origem, anulando a tentativa de fraude.
Visando mitigar esses incidentes, a Febraban propôs uma atualização do MED, conhecida como MED 2.0, a ser implementada entre 2024 e 2025. Esta nova versão do sistema promete rastrear e bloquear fundos provenientes de fraudes em várias camadas de contas, dificultando a ação dos golpistas.
Em caso de ser vítima do golpe do PIX errado, é crucial que o usuário bancário registre imediatamente o incidente junto à sua instituição financeira, seguindo as orientações do Banco Central para garantir a proteção de seus recursos.