A 5° fase da "Operação Fake Bois - A Queda do Peão", que investiga esquema fraudulento de organização criminosa em crimes de sonegação fiscal e crimes correlatos com uso de laranjas para transações milionárias, efetuou 5 prisões e cumpriu 6 mandados de busca e apreensão nos estados do Acre e Rondônia. As investigações tiveram início há 5 meses.
Além disso, foram bloqueados R$ 2.176.000,00 da organização criminosa. Na operação, 7 veículos de luxo, incluindo caminhonetes, foram apreendidos. Uma carreta também foi alvo da operação no valor de R$ 1 milhão, incluindo também uma motocicleta.
Os investigadores também apreenderam R$ 27.500,00 em dinheiro e joias na casa de um dos acusados, além de uma arma de fogo.
De acordo com o delegado-geral de Polícia Civil Josemar Portes, a Operação Fake Bois – A Queda do Peão “é só mais uma fase, outras virão”. Segundo ele, a cada operação uma nova é desencadeada.
A operação foi deflagrada pelo Grupo de Enfrentamento Contra os Crimes de Ordem Tributária (Gecot), que conta com cinco delegados e mais de 20 agentes de Polícia Civil e escrivães. O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) e a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) também participam da operação policial.
Segundo o delegado Rodrigo Noll, o fazendeiro investigado, que não teve a identidade revelada, utilizava o nome de um peão como laranja para esconder a fraude tributária. “Eles transformaram esse peão em fazendeiro fictício. Esse peão não tem bens, não tem endereço fixo. Ele foi sequer foi encontrado até o momento”, disse o delegado ao explicar que todo débito que recairia sobre o fazendeiro verdadeiro, recaiu sobre o fazendeiro fake.
O delegado Pedro Resende descartou a participação de servidores públicos no esquema. “De fato não existe. Cada vez que tem uma operação mais pessoas são investigadas. Nós não investigamos pessoas, investigamos fatos. O que não pode é fecharmos os olhos para o que está acontecendo. Estamos elucidando fatos, não vamos atrás de prejudicar ninguém”, disse o delegado.