Está marcado para o dia 26 de setembro, no Fórum Filinto Barros, em Feira de Santana, na Bahia, o julgamento com júri popular do médico Geraldo Freitas Júnior, acusado do assassinato do acreano Andrade Lopes Santana, colega de profissão.
Freitas foi preso quatro dias após o desaparecimento de Andrade, em 28 de maio de 2021, data em que o corpo da vítima foi encontrado no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos.
Júnior está detido no Conjunto Penal de Jequié desde agosto do ano passado, após transferência solicitada pela defesa, que argumentou que a mudança se deu pela proximidade com a família do acusado, residente no sudoeste da Bahia.
O médico confessou o crime à Polícia Civil, informando que após matar o acreano, registrou seu desaparecimento na delegacia. Investigações confirmaram que Freitas agiu sozinho e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) revelou que Andrade foi assassinado com um tiro na nuca.
Além disso, o corpo foi submerso com uma âncora para evitar que emergisse. Na época do crime, o réu chegou a receber os familiares da vítima, que vieram do Acre para auxiliar nas buscas pelo corpo.
De acordo com o delegado Roberto Leal, o crime foi motivado por um desentendimento financeiro entre os dois médicos. Freitas havia adquirido uma caminhonete em nome de Andrade devido a problemas de crédito e não efetuou o pagamento acordado.
A defesa do acusado argumenta que não havia intenção de homicídio, enquanto a polícia acredita que houve premeditação, citando a preparação do crime com a arma e a âncora. Júnior e Santana haviam estudado medicina juntos na Bolívia.