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POLÍCIA

Homem que se enforcou em cela de delegacia sofria transtornos mentais

Homem que se enforcou em cela de delegacia sofria transtornos mentais

Alan Souza Silva, de 35 anos, que cometeu suicídio na cela da Delegacia Geral de Cruzeiro do Sul, sofria de transtornos mentais, de acordo com informações repassadas por familiares para o Delegado responsável pela investigação, Alexnaldo Batista. O jovem já tinha passagem pela polícia por agressões a familiares e também já havia tentado contra a própria vida.

“Ele vinha tendo surtos, a família já havia sido acionada, e ele já havia respondido por outros procedimentos. A ex-companheira tinha informado que ele tinha problemas psicológicos. Estamos fazendo todo esse apanhado de informações para concluir o inquérito o mais rápido possível”, informou o delegado ao site Juruá Online.

O caso ocorreu por volta das 4h da madrugada desta quarta-feira (15), após o homem ser conduzido para delegacia por ameaçar familiares com um terçado. “Ele ameaçava seus familiares com esse terçado, foi conduzido para delegacia, preso, colocado na cela, e para nossa surpresa e uma situação triste, por volta das 4h da manhã ele cometeu esse suicídio”, relatou.

De acordo com Batista, assim que os policiais constataram o suicídio acionaram a perícia e todos os procedimentos legais e necessários foram tomados.

“No momento que o policial encontrou o corpo já acionou a polícia, me acionou, nos dirigimos imediatamente para delegacia. Chegando no local fomos ver o corpo, e constatamos uma situação clara de suicídio, onde ele pegou as próprias vestes, fez uma corda, amarrou no pescoço, como uma forca e cometeu esse suicídio”, contou.

Mesmo que todos os indícios apontem para um suicídio, o delegado explicou que foi aberto um inquérito para investigação do caso. Ele relatou que há mais de 11 anos não era registrado nenhum caso como esse, e enfatizou que o preso estava sozinho na cela.

“A polícia civil vai tomar todas as providências, o corpo já foi conduzido para o IML, será liberado para família, e já foi instaurado o inquérito policial para deixar bem claro todas as evidências e como ocorreu toda essa dinâmica. Os demais presos alegaram que não viram nada, estavam lá mas não perceberam, só souberam quando o policial alertou a eles sobre o que havia ocorrido na cela”, finalizou o delegado.