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POLÍCIA

Influenciadores receberam mais de meio milhão com divulgação de jogos de azar e delegado não descarta prisões; veja a lista completa dos envolvidos

Influenciadores receberam mais de meio milhão com divulgação de jogos de azar e delegado não descarta prisões; veja a lista completa dos envolvidos

Na manhã desta terça-feira, 19, em uma coletiva de imprensa, o delegado Pedro Paulo Buzolin revelou detalhes sobre uma investigação conduzida pela Polícia Civil, a pedido do Ministério Público, envolvendo influenciadores digitais. Segundo Buzolin, a investigação concentrou-se na promoção de jogos de azar e na realização de rifas através das redes sociais, práticas que configuram crimes sob a legislação brasileira.

Durante a coletiva, o delegado ressaltou que a quantidade de seguidores dos influenciadores influenciou diretamente na arrecadação de dinheiro proveniente dessas atividades ilícitas. "Quanto maior o número de seguidores, maior a chance da pessoa arrecadar dinheiro com a prática desses delitos", enfatizou Buzolin. O delegado revelou que existem influenciadores que chegaram a arrecadar R$ 500.000.00 (meio milhão de reais) com a prática delituosa.

Além disso, após a análise do material apreendido, a polícia não descarta a possibilidade de solicitar a prisão dos envolvidos, visto que o crime de lavagem de capitais possui uma pena superior a dez anos. No entanto, Buzolin afirmou que, no momento, a prisão não está sendo cogitada, pois o crime foi praticado sem violência e não há necessidade imediata de detenção cautelar.

Quanto aos danos causados às vítimas, o delegado esclareceu que, embora não seja atribuição da Polícia Civil, as pessoas prejudicadas têm o direito de buscar indenização por meio de ação privada. Ele destacou que o trabalho da polícia agora está focado na análise das mídias apreendidas, visando identificar outros crimes e pessoas envolvidas nesse esquema ilegal.

Sobre a regulamentação dos jogos de azar, Buzolin ressaltou que, mesmo com a legalização de cassinos, a promoção de aplicativos e plataformas de jogos de azar e rifas é proibida no Brasil. Ele alertou para o fato de que essas plataformas geralmente operam em países sem regulamentação, o que coloca os jogadores em risco de manipulação e fraude.

Finalizando a coletiva, o delegado reforçou que a atuação da Polícia Civil é imparcial e que a investigação foi iniciada a partir de um pedido do Ministério Público, motivado por ampla divulgação na mídia nacional sobre as atividades ilícitas dos influenciadores. "Não há perseguição a nenhum indivíduo ou grupo de pessoas, apenas o cumprimento do dever da Polícia Civil diante de condutas ilícitas", concluiu Buzolin.

Veja os nomes dos alvos:
Rogéria Rocha, Juliana Vellegas, conhecida como Juh Vellegas, Jéssica Ingrede, o marido Jordson Ferreira da Silva, e Jamile Roysal, Sarah Henning; Fabrício Moura, Lunna Isis, Emilyane Silva, Katren, Lauana Alencar, Kethellem Isabelle, Adariana Rodriguez, Carla Oliveira, Tâmyla, Charlethy Maia e Juliana Maquera.