O delegado Nilton Boscaro, responsável pela 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil (antiga 5a Delegacia Regional de Polícia Civil), esteve no podcast Conversa Franca onde durante o bate-papo com o jornalista Willamis Franca destacou que internet não é mais terra sem lei.
Nilton é um dos principais delegados do estado que investiga crimes cometidos na internet, os chamados golpes virtuais. O delegado explicou com detalhe como funciona alguns golpes ainda praticados no Acre e em outros estado do Brasil, entre eles extorsão, estupro virtual, falso WhatsApp e o WhatsApp clonado são alguns dos golpes mais comuns, de acordo com Nilton Boscaro.
Durante o podcast o delegado foi indagado sobre os milicianos digitais, que trata-se de um grupo ou pessoas que são contratadas para criar perfis fakes para atacar a honra e a integridade de políticos, figuras públicas e até pessoas comuns, principalmente em ano eleitoral.
“Um núcleo está para ser implementado, mas independente disso, nós já temos condições de efetuar trabalhos nesse sentido, de localizar tanto perfis fakes como golpistas. As pessoas acham que a internet é uma terra sem lei, e não é”, disse o delegado.
“Nós temos condições de achar, inclusive já aconteceu aqui no Estado. Eu não vou apontar as partes, claro, mas envolvendo o Legislativo e Executivo. Uma das vítimas procurou a Polícia Civil e o corregedor, tendo em vista essa operação Tarquínio que nós desencadeados lá pela antiga 5ª regional, hoje terceira regional, que fica no Adalberto Sena, e conseguimos ali identificar que o corregedor acabou me indicando para fazer essa investigação. Conseguimos identificar, inclusive, servidores do Estado que estavam trabalhando com essa prática. Então, nessa questão conseguimos identificar os IP's não só de um meio, porque você, quando você vai acessar a internet, você acessa do seu celular. Daqui a pouco você vai acessar do seu computador. Daqui a pouco você vai acessar do seu local de trabalho e nós conseguimos individualizar isso e aí está em trâmite ainda. Então, por isso que eu não falo partes, não é público, mas eu só conto os fatos para quê? Para servir de alerta àquelas pessoas que estão imaginando que a internet é terra sem lei, que existe leis sim e que a Polícia Civil está atenta e trabalhamos de forma árdua” disse o delegado.
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