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POLÍCIA

Investigação de venda ilegal de anabolizantes aponta o envolvimento de empresários, servidores públicos, atletas, jornalistas, e até parlamentares

Investigação de venda ilegal de anabolizantes aponta o envolvimento de empresários, servidores públicos, atletas, jornalistas, e até parlamentares

A prisão do garçom Wendhel da Silva Rodrigues trouxe uma série de revelações a respeito de quem comprava anabolizantes diretamente dele. A investigação conduzida pelo delegado Pedro Rezende aponta o envolvimento de empresários, servidores públicos, atletas, jornalistas, e até parlamentares podem estar envolvido no esquema ilegal.

Apurou-se que a coordenação da Academia de Polícia Civil (ACADEPOL) já sabe quem vazou ao médico Giovanni Casseb que este iria ser preso por investigadores da operação conduzida por Rezende. Os investigadores chegaram ao aluno-delegado A.J.P.M. Ele é esposo de uma cliente antiga de Giovanni Casseb.

De acordo com o depoimento prestado à Polícia Civil, A.J.P.M. disse que comprou os anabolizantes de Wendhel um dia após se consultar com Casseb. Disse que comprou grande quantidade para estocar. Ele realizou aproximadamente quatro compras para durar dois meses.

“Que no dia 13/07/2017, um dia após sua esposa ser ouvida na delegacia fez uma consulta com o médico, quando levantou a possibilidade de sua prisão”, diz parte do depoimento colhido pelo delegado Pedro Rezende.

A ACADEPOL vai abrir investigação para apurar a conduta do aluno-delegado, A.J.P.M, que pode ter prejudicado o andamento do processo de investigação, colocando em risco a segurança dos colegas investigadores, ao vazar informações tidas como sigilosas no período em que se deu a investigação.

A informação que o Notícia da Hora obteve com exclusividade é que as investigações continuam e mais pessoas podem ter a prisão representada. Todas ligadas ao médico Giovanni Casseb e o garçom Wendhel da Silva.

Conforme apurado, os bens de Wendhel foram confiscados, além das contas bancárias dele. Isso porque o salário que ele ganhava como garçom em um restaurante de luxo, não condizia com o patrimônio que ele tinha. Entre os bens estão um veículo e duas motocicletas, uma delas de alta cilindradas.

A investigação apontou, ainda, que Giovanni Casseb pretende deixar o Acre. Ele já teria recebido propostas de hospitais de Rio do Sul, em Santa Catarina. A ideia de Casseb é montar residência em Blumenau junto com a mãe, que manifestou esse desejou em conversas interceptadas pela Polícia. O fato só não se concretizou porque o pai de Casseb, sugeriu ao filho a permanecer no Acre e enfrentar o processo. Giovanni Casseb tem alegado estar depressivo com a revelação do esquema.

Em um trecho das conversas trocadas via aplicativo de mensagem com Wendhel, ele diz que Pedro Rezende quer fazer “o ‘xou’ da Xuxa”, com sua prisão, que se deu dias após a conversa com Wendhel de dentro da UP4. Enquanto estava recolhido na UP4, Wendhel e Giovanni receberam ajuda de um agente penitenciário para facilitar a entrada de alimentos na unidade. Ao ter conhecimento do fato, Pedro Rezende solicitou ao juiz a transferência de Wendhel para o Presídio do Quinari, para evitar qualquer contato externo. O que foi prontamente atendido.

Ainda enquanto estava na UP4, Wendhel tramou a morte do jornalista Willamis França. Dias antes da prisão, Willamis denunciou a participação de Giovanni Casseb no esquema criminoso. Wendhel da Silva queria ordenar a morte do profissional de imprensa, entretanto, Casseb sabendo que iria piorar a situação para ele, ordenou que o crime não fosse executado. E é taxativo quanto a isso ao responder o comparsa de negócios: “Não”.