A morte da manicure Luziânia Araújo, de 25 anos, no último sábado (27), em Rio Branco, dentro da sua residência que fica no bairro Plácido de Castro, Baixada da Sobral, reforça uma triste lista de feminicídios ocorridos no Acre, em 2023.
Até abril deste ano, dados do Ministério Público Estadual (MP-AC), divulgados no Observatório de Análise Criminal, registraram dois casos em que mulheres foram mortas por companheiros ou ex-companheiros.
Luziânia foi brutalmente assassinada com dois disparos de arma de fogo no rosto, desferidos pelo marido Gabriel Lima de Almeida, enquanto dormia com duas crianças uma de 4 anos, filha do casal, e um de 7 anos.
Segundo o feminicidômetro, criado pelo MP acreano, de 1º de janeiro de 2018 a 12 de abril deste ano foram registrados 60 casos de feminicídio. Destes, 57 viraram inquérito policial, ou seja, o caso foi investigado pela Polícia Civil. Após esta fase 38 processos estão em andamento no Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC). Das 33 sentenças dadas pela Justiça acreana, apenas 23 feminicidas foram condenados.
Em dezembro de 2022, o governo do Acre sancionou a lei que cria a política de atendimento a órfãos de mães que morreram vítimas de feminicídio. O projeto foi apresentado, inicialmente, pelo deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB). A matéria prevê atendimento psicológico e social às famílias desta tragédia social.