..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍCIA

Júri condena cinco dos seis acusados de morte de família boliviana; penas somadas totalizam quase 400 anos

Júri condena cinco dos seis acusados de morte de família boliviana; penas somadas totalizam quase 400 anos

O júri que analisava o caso da chacina que resultou na morte de uma mãe e dois filhos bolivianos em 2020 chegou ao fim nesta quarta-feira, 9, após três dias de depoimentos e debates entre as partes de acusação e defesa.

Após uma votação que se estendeu por cerca de 5 horas e 20 minutos, os jurados decidiram condenar cinco dos seis acusados pelo crime, totalizando penas que ultrapassam os 358 anos de reclusão.

Gean Carlos Alves da Silva, conhecido como "Baleado", pai dos outros três acusados, foi o único absolvido dos crimes contra a vida, como homicídio e tentativa de homicídio.

No entanto, ele foi condenado por coação, com pena de um ano. Por ter ficado detido por dois anos desde o ocorrido, um alvará de soltura foi expedido ainda no mesmo dia.

O promotor Teotônio Rodrigues Soares, após o veredicto, enfatizou que a justiça foi feita. Ele mencionou que a pena de um ano por coação aplicada a Baleado foi adequada, considerando a falta de provas que o incriminassem.

"A condenação veio em consonância com o Ministério Público, baseada nas provas coletadas tanto na fase policial quanto no decorrer do processo", frisou o magistrado.

O advogado Sidney Ferreira, responsável pela defesa de Baleado e de seus filhos, Geane, Gilvan e Gean, expressou sua intenção de recorrer da sentença. Ele argumentou que os jurados não consideraram as contradições nos depoimentos prestados pela testemunha menor de idade. "Estou convencido de que a decisão dos jurados é completamente inconsistente com as evidências apresentadas nos autos. Existem diversos erros desde a investigação policial até a ausência de várias pessoas que deveriam estar presentes neste julgamento."

No caso da condenação de Baleado por coação, seu advogado afirmou que não pretende recorrer, uma vez que ele tem direito à liberdade após ter cumprido dois anos de detenção enquanto aguardava o julgamento. O veredicto marca o desfecho de um caso trágico que abalou a comunidade e agora caminha para a fase de recursos judiciais.