..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍCIA

Justiça investiga policiais acreanos por suposta atuação em conflitos agrários no Amazonas

Justiça investiga policiais acreanos por suposta atuação em conflitos agrários no Amazonas

A Corregedoria do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) abriu investigação após denúncias de que policiais militares do Acre estariam envolvidos em conflitos agrários na região da fazenda Palotina, localizada no município de Lábrea.

Moradores do assentamento que ocupa parte da fazenda relataram ao site G1, episódios de violência, incluindo agressões físicas, supostamente cometidas por seguranças da fazenda que se identificaram como policiais acreanos. Um dos moradores, que preferiu não se identificar, afirmou ter sido torturado por esses seguranças em março deste ano.

Os relatos indicam que os policiais, contratados pelo proprietário da fazenda, Sidney Zamora, teriam agido de forma violenta durante uma tentativa de transporte de madeira, resultando em ferimentos graves em um dos moradores, que precisou de ajuda de outros residentes do assentamento.

Além disso, foi mencionado
que os policiais retornaram dois dias após o incidente e agrediram novamente o morador, bem como seu tio e um amigo.

A situação chamou a atenção das autoridades quando uma ação de reintegração de posse na fazenda, que contava com a presença dos policiais, foi suspensa pela Justiça do Amazonas. O corregedor do TJAM, Jomar Fernandes, destacou a irregularidade dessa ação e anunciou que o caso será investigado em conjunto com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Polícia Federal.

Durante as investigações, constatou-se que a documentação da fazenda está irregular, e suspeitas surgiram sobre a legalidade da ocupação da área. O Incra afirmou que a região pertence à União e está envolvida em conflitos agrários e grilagem de terras.

O advogado do proprietário da fazenda negou as acusações e apresentou documentos do Incra que, segundo ele, comprovam a propriedade da área. No entanto, o desembargador responsável pelo caso determinou medidas cautelares, incluindo o afastamento temporário da chefe do cartório de Lábrea, visando esclarecer possíveis irregularidades nos registros imobiliários.