A investigação sobre a morte da cantora Nayara Vilela, morta dentro de casa no dia 25 de abril, ainda não tem data para ser encerrada. O caso foi assumido pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), que ainda aguarda a finalização dos laudos periciais da Polícia Técnico-Científica, que devem sair nos próximos dias.
O caso, ocorrido há 16 dias, levanta suspeitas sobre o que de fato teria motivado a morte da mulher. A artista acreana, segundo vizinhos, teve uma discussão com o marido momentos antes de se ouvir o som do tiro que teria tirado a vida da cantora. O marido já havia gravado a própria esposa, desdenhando da mulher ao vê-la com uma arma de fogo, ameaçando tirar a própria vida.
“Nós estamos aguardando a chegada dos laudos periciais, que vão trazer um pouco mais de luz a essa questão. Eles é que vão dar pra gente a diretriz de como continuar. Então, são vários exames, e eu estou aguardando para verificar quais são as próximas providências. Vai depender da chegada desses próximos laudos”, explica a delegada Elenice Dias, responsável pela Deam.
O caso, segundo o delegado Karlesso Nespoli, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já deve descartado, num primeiro momento, a suspeita de feminicídio. Contudo, o caso foi repassado para a Deam, que deve fechar as investigações e apurar se o marido Tarcísio teve ou não responsabilidade sobre a morte. O caso é acompanhado de perto pelo Ministério Público do Acre.
“A DHPP descartou na época o crime [de feminicídio]. Encaminhei pra Deam, ainda tem perícias que vão ser feitas. Está lá para apurar esse tipo de conduta, e também dirimir de uma vez por toda a dúvida se [o marido] realmente teve algum envolvimento na morte dela. A gente atendeu no primeiro, no segundo dia a gente fez o encaminhamento”, contou o delegado em entrevista à Rede Amazônica.