Em júri popular no início do mês, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) obteve a condenação a 24 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, do réu Thiago Lúcio de Almeida, acusado pelo crime de homicídio qualificado, cometido contra Messias Filgueira de Oliveira, em maio de 2019, no bairro Seis de Agosto, em Rio Branco.
A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz Alesson José Santos Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da comarca de Rio Branco.
O Ministério Público foi representado pelo promotor de Justiça Teotônio Rodrigues Soares Júnior, que sustentou a acusação nos termos da denúncia, com duas qualificadoras : motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Apontado como líder de organização criminosa, o réu teria cometido o crime por acreditar que a vítima pertencia a uma facção rival à sua. Aproveitando o momento em que esta transitiva por via pública, ele efetuou vários tiros e fugiu em uma motocicleta.
Em interceptação telefônica constante nos autos, há diálogos em que o acusado admite que já matou outras pessoas e que participou de ataque à unidade prisional “Papudinha”. Além disso, a mãe disse em depoimento que ele teria confessado a ela o crime.
Thiago Lúcio já respondia a ação penal por participação em organização criminosa, sendo que o processo só não foi concluído por estar foragido. O juiz negou a ele o direito de recorrer em liberdade e manteve a prisão preventiva em nome da garantia da ordem.