Na madrugada desta quarta-feira, dia 21, completou 8 dias que os presos acreanos Deibson Cabral e Rogério Mendonça empreenderam fuga inédita do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN). Ontem, 20, as mães dos dois criminosos fizeram apelos emocionados à Força-Tarefa que trabalha nas buscas dos criminosos entre as divisas dos estados de Rio Grande do Norte e Ceará.
“Quero que eles sejam resgatados e voltem de novo para a prisão para que cumpram pena. Peço às autoridades que tragam o meu filho com vida, que não tirem a vida deles. Colocaram atiradores de elite. Faço esse apelo: não matem. É o apelo de uma mãe”, disse Nelita Nogueira da Silva, mãe de Rogério em vídeo ao UOL.
Ainda de acordo o UOL, embora os fugitivos sejam apontados pelo Ministério Público do Acre como matadores do Comando Vermelho, dona Nelita direciona mensagem à população do estado do Rio Grande do Norte, afirmando que eles não são violentos. “Peço à população que não fique com medo, porque eles não são bandidos perigosos de estar fazendo mal às pessoas”, acrescentou a mãe de Rogério.
Na rota de fuga planejada pela dupla apenas uma família foi feita refém a cerca de três quilômetros da Penitenciária Federal de Mossoró, na comunidade de Riacho Grande. De acordo relatório, os fugitivos ficaram cerca de cinco horas na casa, mas, não agiram com violência. Após se alimentarem, assistir informações sobre a fuga, Deibson Cabral e Rogério Mendonça voltaram para região de mata levando ovos cozidos e aparelhos de telefone.
Mesmo modus operandi
As investigações apontam que os dois fugitivos utilizaram os mesmos modus operandi da rebelião no Acre, com objetivo de provocar motim, ou seja, o uso de uma barra de ferro para quebrar a parede e empreender fuga. No presídio Antônio Amaro, os dois renderam um Policial Penal.
Isolados em Regime Disciplinar Diferenciado, Deibson Cabral e Rogério Mendonça não tinham direito a banho de sol, estavam a 150 dias sem comunicação e sem sair das celas. A família não tinha noticia dos fugitivos durante esse período.
O caso se transformou na primeira crise do ministro de Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, empossado há praticamente um mês no cargo, exigindo uma série de medidas para evitar novas fugas e investigações para saber se houve ajuda externa ou interna para o sucesso no plano de fuga dos detentos.