Por determinação do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski foi criada uma força tarefa com homens da Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) para participarem das ações de recaptura dos dois faccionados acreanos foragidos do presídio federal de Mossoró (RN), na madrugada desta quarta-feira, 14. As forças policiais do Rio Grande do Norte também estão envolvidas nas buscas.
Paralelo às ações de recaptura, a PF abriu inquérito para apurar o caso. Ao todo, mais de 100 homens participam das operações.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), o secretário Nacional de Políticas P Penais (Senappen) André Garcia, chegou a Mossoró no final da manhã desta quarta-feira onde acompanhará as investigações que vai apurar o caso.
Deibson Cabral Nascimento, conhecido como Deisinho ou Tatu, e Rogério da Silva Mendonça, são ligados ao Comando Vermelho (CV) que atua no Acre. Em 26 de julho de 2023, eles participaram, com outros detentos, de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, na capital acreana, que resultou na morte de cinco presos integrantes de uma facção rival. Três desses presos foram decapitados.
Em setembro de 2023, Deibson Cabral e Rogério Mendonça, mais 12 presos do CV foram transferidos para o presídio federal de Mossoró. A transferência aconteceu depois que a inteligência das forças de segurança do Acre descobriram um novo plano de execução dentro da penitenciária. Dessa vez os alvos seriam os presos transferidos.
A época, o NH apurou que Rogério Mendonça, Deibson Cabral e os outros 12 presos estavam com suas mortes decretadas pela facção carioca por desobediência quando não acataram a ordem de não promover a rebelião e também de não executar os rivais.
Deibson e Rogério somam condenações de mais de 150 anos de de prisão por diversos crimes, entre eles tráfico de drogas, roubo e homicídio. A dupla teria aproveitado uma obra que está acontecendo na penitenciária de Mossoró, onde usaram parte do material dessa obra para fazer um buraco no teto da cela para fugir.