Remoção do acusado de ser o líder da maior facção criminosa era um antigo pleito do ministro da Justiça, Anderson Torres
BRASÍLIA - Apontado como o líder número 1 da maior facção criminosa do país originada no sistema prisional de São Paulo, Marcos Herbas Camacho, o Marcola, foi transferido nesta quinta-feira da Penitenciária Federal de Brasília para a de Porto Velho.
A remoção do detento da capital federal era um antigo pleito do ministro da Justiça, Anderson Torres, que quando era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal entrou em conflito com o ex-ministro Sergio Moro por causa transferência ocorrida em março de 2019.
O governo do DF chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal para tirar o chefe da facção da cidade, mas o pedido foi negado. O argumento era que a presença dele estava colocando em risco o município, que abriga as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além das centenas de embaixadas.
Condenado a mais de 330 anos de prisão por formação de quadrilha, homicídio e tráfico de drogas, Marcola já está há 23 anos atrás das grades. Em fevereiro de 2019, ele foi removido do presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Passou cerca de um mês no presídio federal de Porto Velho e depois foi encaminhado a Brasília.