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POLÍCIA

Mesmo preso, garçom Wendhel da Silva trocava mensagens com médico Giovanni Casseb e chegou a pedir a cabeça de jornalista

Mesmo preso, garçom Wendhel da Silva trocava mensagens com médico Giovanni Casseb e chegou a pedir a cabeça de jornalista

Um plano macabro foi arquitetado pelo garçom, Wendhel da Silva Rodrigues, 26 anos, de dentro do presídio para executar o jornalista Willamis França. O caso veio à tona ontem, 16, quando o jornalista, que faz parte da equipe do Notícias da Hora, denunciou o caso em rede social.

Wendhel da Silva foi preso na Operação deflagrada pela Polícia Civil no combate à venda de anabolizantes. Ele é tido como um dos principais cabeças do esquema liderado por ele e o médico Giovanni Casseb, preso também pela Polícia Civil por emitir receitas médicas frias para a aquisição no mercado clandestino de anabolizantes comercializados por Wendell.

Willamis França denunciou o médico Giovanni Casseb em sua página no Facebook, onde costuma também fazer seu trabalho jornalístico, também. Dias após Willamis fazer a postagem, Giovanni foi preso. Acontece que nesse intervalo, Casseb manteve diálogo com o Wendhel que alegou estar depressivo, preocupado com a possível prisão de Casseb. Ele fez pedidos para que o amigo, médico e companheiro de esquema, o ajudasse a sair da prisão.

A partir daí é que começa o plano macabro para executar Willamis França. O médico diz que Willamis França o denunciou indiretamente. Ao saber disso, Wendhel pede uma foto de Willamis França e diz que mandaria matar o jornalista, que o médico ficasse tranquilo quanto a isso, mostrando a mente criminosa da dupla e o envolvimento deles com outros apenados que cumpre medidas na Unidade Prisional UP4, onde o garçom aguarda julgamento.

O plano só não foi concretizado porque Giovanni Casseb disse “não” ao pedido de autorização para executar o jornalista. Ou seja, Casseb tem poder de influência direta sobre Wendhel.

Em outro trecho, das conversas, Wendhel conversa com um fornecedor de São Paulo sobre a venda de anabolizantes. O fornecedor o alerta para o risco da venda do produto ilegal ser comercializado em Rio Branco, por ser uma cidade pequena. Wendhel diz que não tem risco, isso porque ele vendeu o produto primeiro para um médico e um amigo de infância. O médico seria Giovanni Casseb, que experimentava produtos antes para avaliar os resultados. Casseb agia como uma espécie de cobaia humana no negócio. No ano passado, ele foi vítima de parada cardíaca. O caso foi abafado, mas cogitou-se naquela época que o médico já fazia uso de anabolizantes.

A rede com ramificações em São Paulo, utilizava-se da mãe de Wendhel para despistar os investigadores, para não levantar suspeitas. Outra estratégia utilizada pelo garçom, que tinha uma vida regada ao luxo, era utilizar nomes fictícios para os fornecedores. Entretanto, o que a Polícia Civil constatou, por meio da investigação conduzida pelo delegado Pedro Resende, que Wendhel não tinha o cuidado de apagar as mensagens trocadas nos aplicativos de mensagens, o que facilitou a descoberta do plano criminoso.

VEJA O INQUÉRITO COMPLETO

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