Uma fiscalização coordenada pelo promotor Talles Tranin, do Ministério Público do Acre, terminou com o flagrante demais de uma tonelada de alimentos mal acondicionados, o que coloca em risco a saúde e vida dos detentos reclusos na unidade prisional.
O flagrante ocorreu no Presídio de Senador Guiomard, e, segundo o promotor, também foi possível descobrir que a marmita entregue aos detentos é diferente da contratada, ou seja, há prejuízo à alimentação dos detentos e aos cofres públicos do estado.
“Vários reeducandos se dirigiram até mim denunciando que estava sendo entregue pouca comida e comida estragada. Fizemos a vistoria na hora da entrega dos alimentos, abrimos algumas marmitas e realmente a quantidade não estava legal. Peguei uma marmita aleatória, pesei e constatei que tinha 650 gramas e o contrato obriga 800 gramas”, comentou o promotor.
Segundo Tranin, “de posse da outra denúncia, me dirigi à câmara fria e lá constatei uma tonelada e meia de alimentos - salsicha, mortadela, linguiça, frango, carne - alguns com prazos de validade vencidos e outros acondicionados de forma imprópria para consumo e as embalagens sem o prazo de validade”, completa.
O promotor Talles Tranin chamou a Vigilância Sanitária até o local e pediu que fosse registrada a situação. O Iapen informou, em nota pública, que aguarda notificação para se posicionar sobre o assunto e questionar a empresa contratada sobre a situação do serviço prestado à instituição.