O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Criminal da comarca de Brasileia, pediu e cinco pessoas foram levadas a júri popular pela morte de Wanderson da Silva Conceição, ocorrida em novembro de 2020, em razão do acirramento de conflitos entre facções criminosas.
O julgamento popular durou cerca de 20 horas e a sentença foi proferida no dia 20, no Fórum Edvaldo Abreu de Oliveira. A promotora de Justiça Pauliane Mezabarba sustentou a tese de acusação em plenário, que foi presidido pelo juiz Clovis de Souza Lodi.
Somadas as penas, os cinco réus vão cumprir 67 anos e seis meses de prisão. Todos submetidos ao júri foram condenados pelo crime de organização criminosa e três por participação no homicídio, o qual envolve circunstâncias qualificadoras como motivo torpe, ou seja, motivação repugnante, e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Conforme a denúncia, a vítima, com 28 anos na época dos fatos, foi executada com quatro tiros de pistola, no bairro Francisco Peixoto, nas proximidades do Hospital Raimundo Chaar. Ele estava acompanhado da namorada, que o levou à casa do primo, quando na ocasião foram surpreendidos por um grupo que estava em um carro e em uma moto.
Durante a investigação, a polícia descobriu que a casa funcionava como ponto de venda de drogas e o alvo seria seu proprietário, que atuava em uma facção rival à dos réus. A vítima foi confundida com o dono da residência e o ataque teria sido retaliação após uma tentativa de homicídio contra o líder da facção a que pertenciam os acusados.