O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) obteve a condenação de quatro pessoas por integrarem organização criminosa em Rio Branco, com penas que variam de 9 a 11 anos de prisão em regime fechado.
A denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), como resultado da operação Troia, realizada em julho de 2019.
A sentença proferida pelo Juízo da Vara Especializada em Delitos de Organização Criminosa, condenou Alexandre Silva dos Santos e Wellington Costa Batista a 11 anos, 2 meses e 22 dias de reclusão em regime fechado, e Diones Sampaio da Silva Nascimento e Lenismar de Souza Braga a 9 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão em regime fechado.
A denúncia foi oferecida contra 25 pessoas, porém a decisão foi desmembrada, a fim de facilitar a instrução do processo. A audiência de instrução e o julgamento foram realizados através de videoconferência em razão da crise de saúde pública ocasionada pela pandemia do coronavírus.
Operação Troia
Deflagrada em julho de 2019, a operação Troia foi realizada em parceria entre o Ministério Público e a Polícia Federal, contou com a participação de cerca de 150 policiais e teve como objetivo o enfrentamento ao tráfico de drogas e o combate às atividades de organizações criminosas no estado do Acre.
Na denúncia, assinada por membros do Gaeco, foram descortinados diversos crimes praticados pela organização criminosa, como tráfico de drogas, homicídios, roubos, portes e posses de armas. A investigação também apurou que a organização criminosa “Comando Vermelho” foi responsável pela prática de vários ataques a bens públicos e particulares no Estado.
Os denunciados foram divididos em cinco núcleos: presidência da organização criminosa no Estado do Acre; conselho final; conselho rotativo; “gravatas” (pessoas da área jurídica); e demais integrantes.