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POLÍCIA

Mulher denuncia integrante de grupo de motociclistas que acidentou seu esposo

Mulher denuncia integrante de grupo de motociclistas que acidentou seu esposo

Uma mulher identificada por Suzyleia Lucena De Souza, de 43 anos, entrou em contato com o Notícias da Hora para denunciar um grupo de motociclistas que atua na Capital acreana, desobedecendo os limites de velocidade dentro do perímetro urbano, segundo ela.

Suzy Ramos resolveu denunciar essa prática, após seu esposo ter sido atropelado por um motociclista dia 22 de outubro do ano passado, na estrada Dias Martins, nas proximidades do antigo Gonçalves, ao lado da Assemurb.

Ela conta que no dia do acidente estava ensaiando com a banda do Adão Carlos que é luthier para tocar com Mário Portuga em um evento chamado Cafezar, aqui em Rio Branco. “Saímos de lá eu, meu esposo e minha filha, então nós atravessamos no sentido contrário, vindo do Centro para o Conjunto Esperança que tu sabe que tem uma rotatória na Assemurb que entra pela Doca Furtado. Nós fomos atravessar a rua a gente desceu da mureta de mãos dadas eu, ele e minha filha, foi então que passou o grupo correndo nessas motos fazendo barulho. Eles vinham fazendo muito barulho porque não vinha só motos da Yamaha, vinham outras também, foi aí que nós voltamos pra cima da mureta pensando que já tinham passado todos, foi aí que meu esposo tirou a chave do carro do bolso quando ele tirou a gente só ouve o som como se fosse um sopro um estalo, eu olhei para o lado que ele estava porque ele soltou a minha mão e botou a mão no meu ombro então ele meio que me empurrou, jogou meu corpo para a frente. Então eu olhei para o lado direito que era o lado que meu marido estava e a minha filha já correu para o carro e quando ela virou, ela viu ele caindo de cabeça no nosso carro e descendo e já caiu com a perna mole como gelatina”, conta a mulher.

E continua: “Isso eram 10 horas da noite. Então eles passaram correndo primeiro e esse condutor da moto ele ficou preso no sinal da Agroboi e nessa MT 09 que é a moto de um barbeiro aqui do Estado. E provavelmente quando eles chegaram lá na frente eles sentiram falta dele e voltaram. Então ele bateu no meu marido, ele jogou meu marido em cima do carro. Meu marido já caiu desacordado e a moto, para ter uma ideia, dali da frente do bar, ela foi parar na rotatória da Assemurb. Ela saiu rodando. Aí o cara que estava na moto saiu se arrastando pois caiu também, saiu se arrastando para umas árvores das que têm ali na frente da Assemurb. Ele ficou na primeira árvore no canteiro e subiu. Eles voltaram e foi aquele desespero e enquanto a gente atendia meu esposo que caiu desacordado, cortou a cabeça. O olho do meu marido ficou preto porque ele caiu de cabeça no nosso carro”, relata.

ACIDENTE2

Suzy lembra que a perna do esposo dela quebrou na região da tíbia quando caiu. “Então foi aquele desespero, e as pessoas desceram de um bar que fica ali do lado da Assemurb para atender meu marido, quando ele tornou a consciência, minha filha começou a gritar: ‘mãe estão tirando a moto os motoqueiros retiraram a moto e sumiram com a moto’. Aí eu liguei para uma viatura do 190, a viatura chegou só pegou o documento do cara, olhou, pegou o documento do meu marido, em seguida chegou o Samu. O motoqueiro saiu escoltado pelo Samu e os motoqueiros foram atrás da ambulância dele”, contou Suzy.

Suzy diz também que nunca ninguém do tal grupo procurou a família ou ela para saber se o esposo estava precisando de alguma coisa. “Eles nunca procuraram saber nada a respeito do Alex, como o Alex está, se o Alex precisava de uma aspirina para melhorar, nada! E eu fique sabendo que o condutor ficou internado no mesmo andar de trauma com meu marido porque ele quebrou acho que foi a perna também, a canela alguma coisa assim. E nas redes sociais a gente vê que ele já está saindo, ele está andando, está de boa. E o Alex está em cima da cama, sendo que ele passou 12 dias lá no Pronto-socorro. Todos os dias eu via um motoqueiro entrar, outro sair. Eu vi todos eles. Eles foram lá para o PS, escoltaram ele, botaram um policial lá que é conhecido do grupo deles para vir conversar comigo para perguntar se meu marido estava bebendo. Veja só: nós fomos atravessar a rua para entrar no nosso carro e o cara vai perguntar se o meu marido estava bêbado, mas ninguém fez o teste do bafômetro no menino para saber se o menino vinha bêbado também. O condutor que atropelou. Então eu falei para o policial escuta: ‘tu tá defendendo o teu amigo, deixa eu te falar: velocidade excessiva é crime. Então é melhor sair daqui porque eu não estou bem’. Eu estava em estado de choque estava toda suja de sangue eu estava chorando muito e acabou que ele pegou uma mochila com os motoqueiros que ficaram lá na frente e eu vi que tinha um conhecido que o dito barbeiro que é o dono da moto que emprestou para o condutor e ele me viu também”, disse.

Suzy contou que nada foi feito por parte das autoridades, ela que correu atrás de tudo.

ACIDENTE3

“Não foi dada voz de prisão para o rapaz, não foi dado o flagrante não foi feito nada. O resto tudo fui eu que corri atrás mas a minha filha. Levei para a Justiça, registrei a queixa e pedi a perícia para ir lá no PS. O IML foi lá periciou o meu marido, periciaram a moto mas a moto já está solto. A moto já está pintada e o condutor da moto que pegou emprestado já está andando nela”, disse Suzy.

Vídeos e imagens enviados ao Notícias da Hora por Suzy mostram um grupo de motociclistas que andam por alguns pontos de Rio Branco. Em uma das imagens, é possível ver um motociclista na avenida Amadeu Barbosa andando em alta velocidade, arriscando a vida e a das pessoas que por aí estavam.

Ao final, Suzy disse que ainda espera justiça, pois os culpados não podem ficar impunes. “Que seja feita justiça, pelas autoridades. Que haja punição para o culpado, para o condutor da moto e para o dono da moto que emprestou a moto para o condutor atropelar meu marido e permitiu que a moto fosse retirada do local”, disse Suzy.

Veja alguns vídeos os quais Suzy enviou ao Notícias da Hora do grupo que estava o condutor que atropelou seu esposo.