Vídeo mostra condutor em chamas dentro do veículo, em Anápolis. Ele teve 80% do corpo queimado, passou por cirurgia e está intubado em hospital de Anápolis.
A mulher que foi presa suspeita de atear fogo a um motorista de ônibus em Anápolis, a 55 km de Goiânia, disse que tomou a atitude porque era zombada por funcionários da empresa de transporte público pelo fato de ela ter mau hálito, segundo a delegada Cynthia Cristiane. Um vídeo registra o crime (veja acima).
As câmeras de segurança registraram quando, na quarta-feira (1º), a mulher se aproxima do ônibus, que estava parado dentro do terminal. Em seguida, ela joga etanol na cabine e coloca fogo. Depois, há uma explosão e o motorista fica com o corpo em chamas. O vídeo mostra o desespero de passageiros.
Segundo a família, o estado de saúde do motorista Walisson Barbosa dos Santos, de 35 anos, é gravíssimo, nesta quinta-feira (2). Ele teve 80% do corpo queimado e passou por cirurgia no Hospital Estadual e Anápolis. Atualmente, está sedado e intubado.
Suspeita de atear fogo em motorista de ônibus é contida por populares até chegada da polícia em Anápolis — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A mulher foi segurada por populares até a chegada da Polícia Militar, que a levou para a delegacia. Durante depoimento, ela alegou que funcionários sempre cobriam o nariz quando ela passava pelo terminal e, na quarta-feira, quando ocorreu o crime, Walisson Barbosa teria repetido o gesto na frente dela.
"Ela foi até um posto de combustíveis, comprou etanol e ateou fogo contra a vítima. Ontem esse motorista teria feito gesto de tampar o nariz", explicou a delegada.
Como o nome da suspeita não foi divulgado, o G1 não conseguiu o contato da defesa dela para que se posicionasse. A delegada disse que ela não demonstrou arrependimento e segue detida em um presídio da cidade.
A investigação continua para ouvir testemunhas. A polícia informou que a mulher pode ser indiciada por tentativa de homicídio.
A empresa responsável pelo transporte, Urban, disse em nota que a prioridade é acompanhar o estado de saúde do motorista, que se solidariza com a situação e confia nas autoridades para responsabilizar a pessoa que cometeu o crime.