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POLÍCIA

No Acre, Polícia Federal investiga fraudes em licitação envolvendo servidores públicos, agentes políticos e empresários

No Acre, Polícia Federal investiga fraudes em licitação envolvendo servidores públicos, agentes políticos e empresários

A Polícia Federal deflagrou a Operação Acúleo na manhã desta sexta-feira, dia 11, nas cidades de Rio Branco e Cruzeiro do Sul. A ação faz parte do inquérito que investiga a suposta prática de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, peculato e crime de responsabilidade de prefeito.

Segundo a própria PF, há suspeitas de que houve, ainda, prática de formação de organização criminosa, em tese, praticada pelo suposto grupo criminoso investigado. São mais de 50 policiais federais realizando a operação.

No total, a polícia está cumprindo 33 mandados judiciais, sendo 18 de busca e apreensão, 13 medidas cautelares substitutivas à prisão e 02 mandados de afastamento cautelar do cargo público (sendo de pregoeiro e ex-prefeitos). Um dos mandados é cumprido na sede da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac).

federana aleac

ESQUEMA - De acordo com a investigação, a empreitada criminosa consistia na cooptação de prefeitos e servidores públicos municipais e estaduais, pagando-lhes, em tese, vantagens financeiras, com o objetivo de assegurar a burla ao caráter competitivo das licitações e conferir uma aparência de licitude às fraudes. Por conseguinte, efetivava-se o desvio e a apropriação de verbas públicas federais, em detrimento das destinações legais de tais recursos, com grave prejuízo ao erário.

Uma das empresas investigadas chegou a vencer 32 procedimentos licitatórios na cidade de Cruzeiro do Sul/AC, movimentando aproximadamente R$ 50 milhões, oriundos de contratos de obras públicas firmados com o ente público municipal. Grande parte desses valores eram operados às margens do Sistema Financeiro Nacional, pois os sócios das empresas realizavam saques expressivos (na tentativa de ocultar a destinação), que ultrapassaram R$ 12 milhões. Soma-se a isso diversas transferências eletrônicas destinadas a pessoas públicas.

As medidas cautelares pleiteadas pela Polícia Federal foram deferidas pelo Tribunal Regional da 1ª Região, com manifestação favorável da Procuradoria da República da 1ª Região, após a apresentação pormenorizada de uma minuciosa investigação realizada na Delegacia de Polícia Federal de Cruzeiro do Sul/AC.

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