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POLÍCIA

No Conversa Franca, advogada de Nery diz que militar usa tarja preta, tem pensamentos suicidas e critica decisão de juíza

No Conversa Franca, advogada de Nery diz que militar usa tarja preta, tem pensamentos suicidas e critica decisão de juíza

A advogada Helane Christina, que atua na defesa do sargento da Polícia Militar Erisson de Melo Nery, no caso envolvendo o estudante de medicina Flávio Endres, fato ocorrido em novembro do ano passado em Epitaciolândia, foi a convidada do jornalista Willamis França, no podcast Conversa Franca.

A advogada mencionou que o quadro clínico atual de seu cliente é de “autoextermínio”, ou seja desejo frequente de suicídio, inclusive um laudo emitido anterior ao episódio ocorrido em Epitaciolândia já aponta para isso, sendo este um dos motivos para ele ser afastado dos trabalhos na Polícia Militar. Helene Christina lamentou decisão da Justiça acreana de privar o sargento de atendimento médico psiquiátrico e psicológico.

“A própria juíza está negando o acesso dele aos médicos. A juíza, salvo me engano é a doutora Joelma, ela negou todos os acessos dele ao psicólogo e ao psiquiatras. Eu, inclusive, estou entrando com um habeas corpus para tentar descobrir o porquê ele não tem direito de continuar. O Nery usa tarja preta. Por que ele não tem direito de continuar os atendimentos psicológicos que ele tem toda semana, os atendimentos psiquiátricos, com psiquiatra que ele atende há muito tempo. Ele tem que ter as receitas controladas para comprar os remédios. Ele usa três remédios tarja preta e foi proibido pela doutora Joelma que ele vá para estes atendimentos, sem fundamentação alguma. É a decisão mais absurda que eu já vi em toda a minha vida, desde que eu comecei a trabalhar nesta área. Nunca vi uma decisão dessas: negar o direito de uma pessoa, o direito básico, direito constitucional de uma pessoa ir aos médicos, a um psiquiatra, a um psicólogo”.

E acrescenta: “hoje mesmo estive lá e ele disse que tem vontade de fazer besteira. Eu passo uma hora falando de processo e uma hora tentando acalmar o coração dele. Ele se sente injustiça pela justiça e por alguns colegas que acreditam que ele é culpado. Hoje ele estava muito mal e, inclusive, o laudo dele é de tentativa de autoextermínio. Ele tem vontade de se matar, o laudo dele antigo é assim, por isso ele foi afastado e foi retirada a arma da Polícia dele”.