Depois do golpe da facção, em que estelionatários ligam para as vítimas afirmando pertencerem a uma determinada facção criminosa e ao final as extorquem, agora um novo golpe foi registrado em Rio Branco, que tem como alvo às escolas de educação infantil.
Pais e mães de alunos estão sendo alvos de ligações de bandidos, que se passam por servidores dessas escolas. Aos familiares, os criminosos citam dados da criança, como data de nascimento, endereço, além de outras informações do estabelecimento de ensino. A finalidade do golpe ainda é desconhecida, mas os criminosos tentam agendar uma visita à residência da criança.
O fato foi registrado por pais de pelo menos três estabelecimentos de ensino infantil em Rio Branco. Por motivo de segurança, o Notícias da Hora não citará os nomes das escolas em que foram registrados a tentativa de golpe. O fato foi comunicado pelos diretores à Secretaria Municipal de Educação (Seme). Os diretores solicitaram à Seme o registro de um boletim de ocorrência coletivo para que a Polícia Civil investigue o caso.
Uma educadora confidenciou ao jornalismo do Notícias da Hora que acredita que os dados podem ter sido acessados nas redes sociais dos pais das crianças. Outro detalhe é que a maioria dos pais, vítimas das ligações, é beneficiária do Programa Bolsa Família. O que leva a crer que pode ter havido uma invasão a estas informações.
O Notícias da Hora tentou ouvir o secretário municipal de Educação, Alysson Bestene, mas sem sucesso. O espaço fica aberto à Seme para os devidos esclarecimentos a respeito das providências adotadas.
Delegado orienta o que fazer para não cair no golpe
O delegado da Polícia Civil, Alcino Júnior, aconselhou os pais, em caso de recebimento dessas ligações indevidas, procurar a escola para verificar a veracidade das ligações. Além disso, ele afirmou que na sequência, os pais devem registrar um boletim de ocorrência.
“O primeiro conselho é qualquer pai que receber telefonema é procurar a escola para saber a veracidade da visita, desse intuito, saber se realmente é da escola. Então, procurar a escola, primeira coisa. A segunda coisa é registrar um boletim de ocorrência, de provável falsidade ideológica, alguém está se passando por funcionários da escola, que com o número que estão ligando pode ser que a gente consiga rastrear e localizar essas pessoas”, disse Alcino Júnior.
Ele acrescenta que “de maneira alguma agendar visitas”. “Esses registros [boletim de ocorrência] porque se coincidem de ser numa escola, alguém está tendo acesso à ficha dos alunos, dos pais, com endereço e telefone. É bom iniciar uma investigação neste sentido. Fazer o registro na delegacia correspondente aí do bairro”, completou.