“O grande vilão por meu cliente estar preso é o Estado”. Essa foi a declaração dada pelo advogado criminalista Maxsuel Maia durante o podcast Conversa Franca desta sexta-feira, 5.
O criminalista apresentou laudos médicos realizados por profissionais do Estado que afirmam que Alessandro Rosas não tinha capacidade psicológicas para atuar como policial penal.
De acordo com a defesa, a primeira coisa que deve ser esclarecida é que esse não é o caso de um policial penal despreparado, desqualificado, desequilibrado, que de forma violenta e covarde matou o pobre de um picolezeiro. “Isso é uma falácia. Isso é uma narrativa tendenciosa que foi criada por parte da mídia”, comenta Maxsuel Maia.
“Esse é sim o caso de um policial penal que é uma pessoa doente. E quem diz que ele é doente. Não sou eu, não é o advogado quem diz que ele é doente. São dois psiquiatras, são dois peritos, um particular contratado pela defesa e um perito oficial do Estado contratado pelo Estado. Está lá o perito do Instituto Médico Legal que atestaram a semi imputabilidade do Alessandro”, afirma.
Maxsuel comentou que seu cliente foi perfurado por duas vezes, cuspido e humilhado pelo picolezeiro antes de tomar qualquer atitude, e que os dois já se conheciam, já que o picolezeiro chegou a cumprir pena no Francisco D’Oliveira Conde.
“Então, depois de ser provocado, depois ser cuspido, depois de ser furado duas vezes, furado duas vezes, tem o exame de corpo de delito dele, que compravam a agressão. Duas furadas de faca por essa pessoa, por esse picolezeiro entre aspas, que é um ex-presidiário, era um ex-presidiário que já tinha tido problemas com o Alessandro no interior do presídio, o Alessandro na condição de agente do Estado e ele na condição de presidiário, então era um ex-presidiário”, afirma.
O advogado finaliza sua fala argumentando estar convencido que o maior vilão de toda essa história é o Estado.
“Eu estou convencido de que o vilão, o grande vilão dessa história é o Estado e não o Alessandro. O primeiro erro do Estado foi lá no ano de 2008, quando o Alessandro prestou concurso para policial penal, concurso que eu prestei também e fui aprovado junto com ele, na mesma turma. Lá nesse concurso, o Estado não poderia ter se furtado de ter realizado um exame psicotécnico, um exame psicológico, porque eram pessoas que iam trabalhar no sistema penitenciário, eram pessoas que iam manusear arma de fogo. Então, a omissão do Estado começou ali, quando ele jogou aqueles profissionais para trabalhar no interior do presídio sem que prestassem sequer um exame psicológico. A omissão do Estado com o Alessandro começou ali. A continuidade da omissão do Estado começou quando ele não tem a capacidade de monitorar os servidores penitenciários para saber em que condições psicológicas aqueles servidores estão”, finalizou.
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