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POLÍCIA

"O problema da violência no Acre é espiritual", diz pastor que faz missões em presídios e já resgatou mais de mil pessoas

"O problema da violência no Acre é espiritual", diz pastor que faz missões em presídios e já resgatou mais de mil pessoas

O problema da violência no Acre é espiritual. Essa é a conclusão do pastor Arnaldo Barros, líder da igreja Geração Eleita, em Rio Branco, denominação evangélica que atualmente possui cerca de 400 membros.

O líder religioso é conhecido por trabalhar com resgate de membros de facções criminosas por meio do Paz Para o Acre, projeto de autoria dele que levou à igreja mais de mil pessoas, algumas das quais cumprindo pena nos presídios do Estado e outras agora ex-integrantes de organizações criminosas.

Neste domingo, 9, Arnaldo Barros esteve no encontro Acre Pela Vida realizado na Biblioteca Pública, em Rio Branco, evento para debater a onda de violência e uma provável saída para a criminalidade que assusta a sociedade acreana.

Na opinião do pastor, a violência que ceifa vidas só será freada se houver um empenho conjunto entre Estado e igreja.

"A questão maior é espiritual. A gente percebe que mais de cinco mil pessoas foram mortas entre essas guerras de facções. A segurança do Estado tenta de todas as formas amenizar essa situação. O maior número de presos, hoje, está no Acre. A gente tem uma polícia que tem 2, 7 mil policiais militares, e segundo uma reportagem recentemente publicada só o Comando Vermelho tem 11 mil homens cadastrados", diz.

Arnaldo Barros acredita que há uma necessidade urgente na restruturação da família, e isso passa necessariamente pelo auxílio eclesiástico de líderes das mais diferentes igrejas locais.

"A situação não é física, é espiritual. O que tem que acontecer hoje é um convite para que todas as igrejas estejam juntas com o governo do Estado. Foi o que eu não vi aqui. Nós estivemos aqui, mas nós, pastores, não tivemos a voz ativa para esse momento, que é um momento que o estado está vivendo."

O encontro sobre segurança neste domingo contou com a presença de parlamentares, pastores, secretários de Estado e diretores, a cúpula do Sistema de Segurança Pública e o governador Gladson Cameli.