Líderes de três facções criminosas foram presos nesta terça-feira, 23, durante a Operação Ghidorah, realizada pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Militar em cinco cidades acreanas.
No início do dia, mais de 60 policiais militares deram cumprimento a dez mandados de prisão e dez de busca e apreensão, em Rio Branco, Senador Guiomard, Feijó, Tarauacá e Rodrigues Alves. Apenas dois alvos não foram localizados.
Segundo o coordenador-adjunto do Gaeco, promotor de Justiça Bernardo Albano, a Operação Ghidorah é resultado de cinco meses de investigação, iniciada após a apreensão de documentos em Guarulhos (SP), que revelavam o envio de ajuda financeira por uma das organizações criminosas para líderes locais do PCC, Ifara e Bonde dos 13.
“Foi após uma prisão ocorrida em Guarulhos pelo Gaeco de São Paulo, que compartilhou, mediante autorização judicial, esses documentos com o Ministério Público do Acre. Paralelamente a isso, nós tínhamos informações de outras operações em andamento com elementos de prova, e chegamos a descortinar os núcleos das três organizações criminosas aliadas”, explica.
O comandante da Polícia Militar, coronel Ulysses Araújo avaliou que os resultados alcançados na operação foram satisfatórios no combate ao crime organizado.
“Essas prisões tinham como objetivo principal combater o financiamento do crime organizado. Tivemos prisões, flagrante de tráfico de drogas e apreensão de vários objetos que serão analisados pelo Gaeco. A Polícia Militar tem dado todo apoio ao Ministério Público para que possamos combater com eficiência a criminalidade e trazer resultados para a sociedade”, disse.
O nome da Operação faz referência a uma figura da mitologia japonesa, representada por um dragão de três cabeças, e foi escolhido porque tinha como objetivo atingir o núcleo de três facções aliadas.