Delegado Pedro Resende da 4ª Regional coordenou a operação que culminou com as prisões. Também foi por meio de investigação coordenada por ele, que foi desmantelada uma quadrilha que vendia anabolizantes em Rio Branco
Uma operação coordenada pelo delegado Pedro Resende, da 4ª Regional de Polícia Civil, prendeu na manhã desta sexta-feira (10) dois indivíduos suspeitos de falsificarem receitas médicas e posteriormente fazer a retirada destes medicamentos específicos para a Covid-19 nos postos de Rio Branco.
Pedro Resende detalhou toda operação. Segundo ele, a denúncia já vinha sendo apurada pelos investigadores, que culminou com a prisão de pai e filho na UPA da Sobral, após serem flagrados tentando retirar na farmácia da unidade mais medicamentos de combate à Covid-19.
“Os policiais da investigação aqui da 4ª Regional estavam recebendo informações de que uma dupla de homens estavam utilizando receitas falsas para conseguir tirar das farmácias remédios de combate à Covid-19. Eles passaram a diligenciar e foram nos locais, e perceberam que tinham algumas incongruências e, hoje de manhã, eles foram acionados pelo pessoal da UPA da Sobral dizendo que essa dupla estava lá e de imediato eles foram para lá e fizeram a abordagem do pai e do filho. Na hora que fez a abordagem, conseguiram apreender com o filho uma mochila contendo diversos cartões do SUS e diversos remédios, bem como receitas de médicos. Um dos médicos citados na receita foi contatado, ele foi ao local e de pronto ele disse que aquele receita não foi ele que emitiu, não foi ele que assinou, e por essa razão, foi dada voz de prisão a dupla e trazida para a 4ª Regional”, disse o delegado.
Ainda de acordo com Pedro Resende, ao fazer uma busca na residência da dupla, foi encontrado mais cartões do SUS, além de carimbos e receitas utilizadas na fraude. O delegado disse também que já entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) para saber o tamanho do prejuízo causado à saúde e aos cofres públicos.
A prática criminosa tinha uma finalidade: vender a medicação em comunidades pobres da capital acreana. O método utilizado pela dupla, pai e filho, deixou dezenas de unidades de saúde de Rio Branco desabastecidas de azitromicina e ivermectina, além de outros componentes utilizados no tratamento da Covid-19.