O ex-senador Jorge Viana (PT) disse que o governador Gladson Cameli “é um governador fraco”, que utiliza-se do cargo para demonstrar força ao demitir comissionados do baixo escalão. Do mesmo modo age o presidente Jair Bolsonaro, na concepção do ex-senador e ex-governador do Acre. A entrevista foi concedida ao jornalista Itaan Arruda, da TV Gazeta, na tarde desta sexta-feira (4).
“Ser governante não significa ser liderança. Eu acho que no Palácio do Planalto nós temos uma pessoa forte que não é forte, é fraca. E lamento aqui, tenho uma boa relação pessoal com o Gladson, mas eu acho que o Gladson não é um governador forte. É um governador fraco. Sabe por que? Porque o presidente da República todo dia ele tem que tomar uma medida contra alguém, falar grosso com outra, e normalmente não são pessoas com patentes altas para poder se reafirmar. Só quem fica todo hora querendo mostrar que estar no cargo, que tem uma caneta azul, pra demitir, pra nomear, é quem é fraco”, disse Jorge Viana.
Ainda de acordo com o ex-governador do Acre, o País vive atualmente uma crise de falta de lideranças experientes na administração pública. “Estamos vivendo uma grande crise de falta de liderança para unir as pessoas e apresentar um projeto para o País andar pra frente e acho que vale o mesmo aqui no Acre. Está faltando lideranças, pessoas experientes, é minha opinião”.
Em outro ponto da entrevista, Jorge Viana disse que será candidato em 2022, mas não definiu se disputará o Senado Federal ou o Governo do Estado.
Eu recebi uma missão do Partido dos Trabalhadores de coordenar todo o processo de aliança, de formação de chapa e também estou sendo cobrado para pôr meu nome. É provável que eu dispute um cargo majoritário. Tem dois, de governador e Senado”, disse Jorge.
Ao encerrar, ele cutucou o vice-governador Major Rocha a quem o acusou de estar “agredindo o governador, esculhambando, denunciando (...)”. E acrescenta: “foi pra frente da Polícia Federal denunciar o governo dele. Eu ando esse estado e não vejo obra nem federal, nem estadual, nem municipal, importante. Eu estou vendo muito abandono”, frisou.