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POLÍCIA

PF conclui investigações da Operação Contágio, que apurava ilegalidades na prefeitura de Plácido de Castro

PF conclui investigações da Operação Contágio, que apurava ilegalidades na prefeitura de Plácido de Castro

A Polícia Federal concluiu as investigações referentes à ‘‘Operação Contágio’’, que apurava ilegalidades em processo de dispensa de licitação, ocorrido no primeiro semestre do ano de 2020, no município de Plácido de Castro/AC.

O contrato possuía um valor aproximado de R$ 512 mil e visava a compra de equipamentos de proteção individual (EPI’s), para profissionais da saúde, que atuavam no combate à pandemia causada pelo COVID-19.

Segundo foi apurado nas investigações, servidores públicos do alto escalão do município e empresários, à época, se valeram da flexibilização das regras de contratações criadas pela Lei n. 13.979/2020, e se utilizaram de pesquisa realizada com potenciais fornecedores para efetuar a assinatura do contrato em questão.

No entanto, a maioria das empresas consideradas como potenciais fornecedoras pelo ente federativo, na verdade eram empresas fictícias, que possuíam características típicas de empresas de fachada, como ausência de sede administrativa e de funcionários contratados formalmente, além de possuírem relações entre si, ao ponto de possuir administração entrelaçada.

A investigação identificou que havia na prefeitura uma espécie de gabinete de compras paralelo ao da secretaria de compras e licitações, sendo que seus integrantes sequer pertenciam aos quadros do município. Apenas procedimentos específicos tramitavam por lá, sendo um deles o contrato citado acima.
Segundo Laudo Pericial, houve superfaturamento de cerca de R$ 394 mil. Com isso, o Poder Judiciário autorizou o sequestro de valores de contas bancárias, de imóveis e restrições sobre veículos dos envolvidos.

Foram indiciados empresários envolvidos no esquema, sendo que um deles hoje exerce mandato de vereador em Rio Branco/AC, funcionários das empresas e o Secretário de Saúde, à época, de Plácido de Castro. Eles responderão pelo crime de Desvio de Rendas Públicas, cuja pena pode chegar a 12 anos de reclusão.