..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍCIA

PF transfere detentos envolvidos em rebelião no Presídio Antonio Amaro

PF transfere detentos envolvidos em rebelião no Presídio Antonio Amaro

Os detentos envolvidos na rebelião que ocorreu no final de julho deste ano, no presidio de segurança máxima Antônio Amaro, na capital Rio Branco, estão sendo transferidos por determinação da justiça. A operação é coordenada pela Polícia Federal desde a madrugada nesta quarta-feira, dia 27.

Segundo informações obtidas pelo Notícias da Hora, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) auxilia na remoção dos detentos. O Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) ainda não se manifestou sobre as transferências. Desde a rebelião, visitas intimas estão suspensas dentro da unidade penitenciária.

Diante do cenário instalado após a rebelião, a Polícia Federal decidiu utilizar uma aeronave da instituição para levar os presos para fora do Acre. O avião da Polícia Federal pousou no Aeroporto de Rio Branco ainda na terça-feira, dia 26, com cerca de 10 agentes que darão suporte aéreo na transferência.

WhatsApp_Image_2023-09-27_at_12.38.14.jpeg

REBELIÃO – A rebelião, que durou cerca de 24 horas, deixou cinco mortos, sendo duas delas com requintes de crueldade, inclusive um teve o coração arrancado do peito. Desde então, investigações apuram os motivos de o setor de Inteligência do órgão não ter se antecipado à crise.

O ex-diretor-presidente do órgão, Glauber Feitoza, perdeu o cargo e deve se esclarecer às instituições que investigam o caso, incluindo a Polícia Civil e o Ministério Público. Também foi exonerado o diretor executivo operacional do Iapen, Marcelo Lopes da Silva. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, chegou a criticar o sistema penitenciário estadual.

WhatsApp_Image_2023-09-27_at_12.38.13.jpeg

Os inquéritos que apuram a rebelião já foram prorrogados, e ainda não têm data para serem fechados, segundo a Polícia Civil, em razão de envolverem instituições públicas, o que requer mais evidências para comprovar ou não responsabilidades.

“É uma investigação muito complexa, porque envolve uma instituição pública. Não é uma fato passional que já se sabe quem é o autor”, afirmou o delegado Roberth Alencar, em entrevista à TV Acre, sem dar detalhes sobre o andamento do procedimento policial.

WhatsApp_Image_2023-09-27_at_12.38.12-2.jpeg

Ainda em julho, o delegado-geral de Polícia Civil, Henrique Maciel, afirmou que um inquérito apuraria as mortes, e outro a possível ingerência da equipe do Iapen e da Polícia Penal, em permitir que a rebelião ocorresse e a sala de armas fosse acessada pelos detentos.

"Nós determinamos a abertura de dois inquéritos, um especificamente que está coordenado pela DHPP, que vai apurar os homicídios e lesões corporais e outro para tratar da dinâmica no início do evento no presídio, além dos danos patrimoniais. Pessoas estão sendo ouvidas e depois de ouvir todo mundo vamos concluir os inquéritos. O inquérito vai nos dar subsídio para sabermos quem participou e como participou diretamente da ação", frisou.

WhatsApp_Image_2023-09-27_at_12.38.12.jpeg