Uma investigação realizada pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO2) levou ao afastamento, nesta sexta-feira, dia 14, do prefeito Isaú Fonseca, de Ji-Paraná, em Rondônia, suspeito de coordenar o suposto desvio de R$ 17 milhões dos cofres do município e do consórcio onde ele integra como prefeito.
Segundo a Polícia Civil estão sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão contra servidores suspeitos de participarem de um esquema, supostamente liderado por Isaú Fonseca nos estados de Rondônia, Acre e Goiás. A autorização foi feita pela Justiça Estadual e Justiça Federal.
Além do prefeito de Ji-Paraná, outros três agentes públicos do município foram afastados do cargo. Durante esta quinta-feira foram apreendidos documentos na sede da prefeitura de Ji-Paraná, dispositivos eletrônicos e outras provas que serão submetidas à análise pericial para fortalecer as evidências contra os suspeitos.
Em uma nota divulgada após a operação, o prefeito Isaú Fonseca informou que "são desconhecidos os fundamentos" de seu afastamento, mas vai respeitar a decisão judicial. São cumpridos mandados também no Acre e Goiás, onde os empresários suspeitos de envolvimento com a organização criminosa têm imóveis.
Em vídeo, o prefeito nega as acusações. "Em respeito à população de Ji-Paraná, não poderia deixar de prestar alguns esclarecimentos. Pela manhã fomos surpreendidos com a busca e apreensão na minha casa e na prefeitura. O por que disso? As aquisições das lâmpadas de LED para o nosso município. Eu quero deixar bem claro que essa licitação não foi feita pelo nosso município, não foi feita pela prefeitura e sim pelo Consórcio Público Intermunicipal de Rondônia (Cimcero)", declarou.