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POLÍCIA

Policial diz que Iapen negligenciou riscos do coronavírus em presídios

Policial diz que Iapen negligenciou riscos do coronavírus em presídios

A Direção do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) pode ser sido negligente em aplicar as ações de combate ao novo coronavírus, dentro das unidades prisionais. A acusação é feita pelo policial penal Janes Peteca. O sistema já registra quase 20 policiais penais com o vírus que causa a Covid-19.

Segundo Peteca, as ações que a chefia do Iapen está anunciando, entre elas a desinfecção dos pavilhões, são propostas apresentadas no final de março, mas que, por negligência, apenas agora estariam sendo colocadas em prática. Peteca diz também que doou materiais químicos de limpeza.

“Eles estão agindo com um mês de atraso. Apesar da crescente infestação da pandemia, a diretoria continua negligenciando ao não providenciar equipamentos de segurança para os servidores, o que já justifica uma intervenção da Secretária de Saúde, do Ministério Público e da Vara de Execuções Penais”, argumenta Janes Peteca.

Janes alega que o vírus já infectou pelo menos 19 policiais penais, segundo levantamento do último dia 24 de abril, sexta-feira. Contudo, esse número é subnotificado, pois o vírus já está circulando dentro das muralhas e, portanto, está fora de controle.

O policial sugere que a situação pode piorar ainda mais e diz que tudo começou num pavilhão com quase 1 mil detentos. “O primeiro agente infectado cuidava do Pavilhão A, onde estavam 700 presos. Na escala do plantão deste domingo, por exemplo, há seis policiais penais afastados”, afirma.

O diretor Operacional do Ipane, Glauber Feitosa, confirma que recebeu os materiais, mas diz que Janes está equivocado quanto à entrega dos materiais aos profissionais que atuam no sistema. Segundo o diretos, a água sanitária comprada pelo policial foi entregue imediatamente após serem repassadas ao Iapen.

“Os materiais que foram doados, à medida que nós recebemos, em uma quantidade bem reduzida, de pronto foi encaminhada à unidade prisional. Esse material foi entregue, primeiramente, à guarda do complexo, tanto no feminino, quando no [Antonio] Amaro. A nossa equipe técnica já faz esse papel de orientar, de instruir o nosso pessoal”, demente o diretor.