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POLÍCIA

Policial envolvido na morte de enfermeira, no Acre, já respondeu por outro assassinato

Policial envolvido na morte de enfermeira, no Acre, já respondeu por outro assassinato

Os dois policiais militares envolvidos na trágica morte da enfermeira Géssica Melo de Oliveira, de 32 anos, continuam detidos após a perseguição que culminou em sua morte no último dia 2 de dezembro.

Novas informações revelam que um dos policiais, o sargento Cleonizio Vilas Boas, já respondeu por outro caso de morte em confronto, onde foi acusado de homicídio contra o adolescente Álvaro Praxedes Santana, ocorrido em outubro de 2020, em Brasiléia.

O advogado dos policiais, Matheus Moura, busca a liberdade dos acusados, alegando a ilegalidade da prisão e propondo medidas cautelares alternativas. Entre elas, destaca-se o afastamento dos policiais do serviço ostensivo, suspensão do porte de arma e monitoramento eletrônico.

O caso anterior envolvendo Vilas Boas foi arquivado por falta de provas suficientes, mesmo após a denúncia de homicídio contra o adolescente Álvaro Praxedes Santana, ocorrida durante uma operação do Grupo Especial de Fronteira do Acre (Gefron) em Brasiléia. Na mesma ação, outro jovem morreu e dois ficaram feridos, sob a alegação policial de atuação do grupo em atividades ilegais.

O Ministério Público do Acre (MP-AC) iniciou um inquérito civil para cobrar a aquisição e uso de câmeras operacionais pelas Forças de Segurança do Acre. Uma audiência pública está marcada para 19 de dezembro, visando discutir a utilização de câmeras corporais pelas forças de segurança.

A versão oficial da polícia relata que Géssica, possivelmente enfrentando um surto, foi vista com uma arma nas mãos, resultando em disparos por parte da equipe policial. No entanto, a família contesta essa versão, alegando que a vítima não possuía arma de fogo. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) afirmou que foram efetuados cinco disparos em direção ao veículo, enquanto familiares argumenta a existência de mais de dez perfurações.

A enfermeira, que sofria de depressão, foi encontrada morta após a perseguição, e uma pistola 9 milímetros, arma de uso restrito das forças armadas, foi alegadamente localizada nas proximidades. O MP instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar possível homicídio doloso cometido pelos militares.