O cabo da Polícia Militar do Acre, Jarleson, está sendo acusado de ter espancando a jovem Joyce Meirelles na saída de uma festa de réveillon, na noite de quinta-feira, 31, para o dia 1º, sexta-feira. A denúncia foi feita pela própria vítima em seu perfil no Instagram na tarde desta terça-feira, 5. Ela alega ter recebido chutes nos braços, seios e murro no rosto.
A jovem publicou diversas fotos em que são nítidos os hematomas, resultados da agressão cometida pelo militar. Antes de ser espancada, a vítima teria se envolvido em uma briga e teria agredido uma outra pessoa que estava na festa. Joyce disse ter atingido a mulher com uma taça de bebida e se afastou quando viu que havia provocado um ferimento profundo na mesma. Em seguida, conta a vítima, o policial a abordou de forma violenta, na saída do ambiente, onde teve início à sessão de espancamento.
Ao Notícias da Hora, o militar disse que agiu em legítima defesa de terceiros. Veja a nota na íntegra.
NOTA
Acontece que no dia 1° de janeiro, durante uma comemoração de réveillon totalmente familiar, o amigo de um parente chegou na festa acompanhado dessa cidadã, que passou a ingerir bastante bebida alcoólica e em determinado momento por motivo de ciúmes se apossou de uma taça de vidro e começou a atacar uma outra moça que estava na companhia de meu irmão, realizando várias perfurações na face da menina, momento em que eu, enquanto policial militar e temendo por meus familiares que estavam próximos da briga, inclusive minha irmã grávida de 7 meses e minha esposa, me identifiquei como PM agi em legítima defesa de terceiro, tentando cessar a injusta agressão e retirar a agressora de perto de meus familiares e da vítima.
Fiz uso progressivo e necessário da força até que a mesma saísse de dentro da propriedade de meu familiar e entrasse no carro para ir embora, momento em que quando a mesma se preparava para deixar o local começou a gritar que "ela era da facção B13 e que todo mundo ali iria se f...". De imediato a vítima que teve o rosto perfurado foi levada às pressas para receber atendimento hospitalar tendo em vista que seus rosto totalmente dilacerado não parava de sangrar, e eu me dirigi até a delegacia da regional para registrar um boletim de ocorrência de toda minha ação, tendo em vista que a mesma foi totalmente proporcional e legal conforma determina a lei. Acontece que desde então, minha imagem tem sido compartilhada em redes sociais com recompensa para quem souber o meu endereço, bem como ligações com ameaças de um suposto irmão da vítima se dizendo membro da referida facção criminosa.
Acredito na justiça dos homens e mais ainda na justiça de Deus, e tenho total convicção da legalidade de minha ação e estou com a sensação de dever cumprido de ter impedido um possível homicídio, tendo em vista que se um dia cortes tivessem atingido uma artéria a vítima poderia ter sangrado até a morte no local.
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