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POLÍCIA

Policial penal alega ter sido preso injustamente e humilhado por PMs na Baixada da Sobral; Iapen pede apuração dos fatos

Policial penal alega ter sido preso injustamente e humilhado por PMs na Baixada da Sobral; Iapen pede apuração dos fatos

Um policial penal, que não quis se identificar, pede justiça após se abordado por três PMs que estavam em uma viatura do Policiamento de Trânsito. O fato ocorreu na terça-feira, 9, no bairro Boa União, região da Baixada da Sobral.

Câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais do local mostram o momento em que a viatura se aproxima do policial penal, que estava no seu dia de folga.

"Estava caminhando como faço quando não estou de serviço. Porém, não estava com minha identidade funcional, sem chaves e nenhum outro documento, pois é ruim de levar quando se está praticando atividade física, somente com a arma na cintura, que chamou atenção para a abordagem, pois era uma ponto 40, armamento grande", disse o policial.

Ele disse que tentou explicar a situação aos PMs, mas foi em vão.

"Eles já chegaram apontando armas e perguntando se eu estava armado. Disse que sim, mas que não estava com os meus documentos, porém poderia buscar em minha residência que ficava uns 200 metros de onde me pararam. Disse que era policial penal, aí um sargento que estava na viatura disse: grandes merdas, já pedindo para colocar a mão na cabeça. Ele falou que os policiais penais é uma raça de vagabundos".

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O policial disse que em nenhum momento destratou os PMs.
"Fui cordial e respeitoso todo tempo. Falei que morava próximo, que eles poderiam consultar meu nome, no entanto disseram que iriam me conduzir para à delegacia. Falei que não tinha necessidade para me prender, que sou servidor público há 17 anos, que morava no bairro desde 1989 e que todos me conhecem. Pedi para irem comigo até minha casa e disseram que a viatura não era táxi".

O policial comentou que sofreu agressão psicológica e que não está conseguindo realizar suas tarefas diárias.
"Me escorraram em um muro, coloquei as mãos na parede e chutaram minhas duas pernas com bastante força. O pior foi a agressão psicológica. Ainda estou muito abalado. Vou ter que ir ao psicólogo na próxima semana. Não estou dormindo direito. Foi um situação muito ruim, nunca tinha passado por isso em minha vida. Fui levado para à delegacia dentro da viatura cheia de cones, pensei que iria morrer. Quero justica, isso não podem ficar em pune", desabafou.

Alexandre Nascimento, presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), solicitou do comando-geral da Polícia Militar do Acre (PMAC), a apuração dos fatos.

Nota do Sindicato dos Policiais Penais

O SINDAPEN- Sindicato dos Policiais Penais vem a público expressar que está acompanhando à recente abordagem de uma viatura da Polícia Militar do Trânsito a um policial penal em momento de folga. O ocorrido, é um lamentável exemplo de má conduta e desrespeito às prerrogativas dos servidores públicos.

É imperativo ressaltar que este incidente isolado não reflete os valores e o profissionalismo da corporação como um todo. Reconhecemos o compromisso e a dedicação dos policiais militares do trânsito, cuja missão é garantir a segurança viária e o cumprimento das leis de trânsito.

Entretanto, é inadmissível que um membro das forças de segurança, mesmo em momento pessoal, seja alvo de abordagem indevida e desrespeitosa. A ação da viatura da Polícia Militar do Trânsito representa uma violação flagrante dos direitos individuais e um abuso de autoridade que não pode ser tolerado em uma sociedade democrática e de direito.

Neste contexto, informamos que o sindicato está acompanhando de perto o desenrolar deste caso em todas as esferas jurídicas possíveis. Exigimos uma investigação completa e imparcial sobre o ocorrido, bem como medidas corretivas para garantir que situações semelhantes não se repitam no futuro.

Reiteramos nosso compromisso com o respeito aos direitos humanos e à integridade de todos os servidores públicos. Acreditamos que a justiça deve prevalecer e que os responsáveis por esse ato de ar