A garantia dada pelo secretário de Estado de Segurança Pública do Acre, Paulo Cézar, que em 10 dias os acreanos teriam a sensação de segurança de volta não aconteceu. E para agravar ainda mais o clima o sistema penitenciário do Acre passa por profunda crise. É o que revela nota enviada à imprensa pelo presidente da Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário (ASSPEN/AC), Eden Alves Azevedo.
De acordo com Eden Azevedo, uma série de visitas ao presídio Francisco D’Oliveira Conde, o maior do Acre, constatou que demandas antigas ainda não foram atendidas pelo governador Gladson Cameli (PP) e a cúpula da Segurança Pública. Ele lista uma série de problemas que persistem na unidade prisional.
“Na atual conjuntura havia uma expectativa de melhorias, mas o que se apresenta é algo nefasto e deprimente. Falta de Efetivo, Redução do Banco de Horas, não pagamento do 14º salário, não Pagamento do 13º salário, promoções paradas, instalações e alojamentos precários, perseguição, coação e desrespeito ao agente penitenciário”, diz parte da nota assinada por Azevedo.
O sindicalista desabafa e diz que “a classe sangra e exige mudança da postura do governo”, ao cobrar de Gladson Cameli e Major Rocha, o último, homem designado pelo governo para ser o interlocutor da Segurança Pública.
Eden Azevedo completa dizendo que o momento é ‘delicado’ e ‘insuportavel’.
“Nesse momento, à Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário, vem a público informar das condições de trabalho em que a classe é submetida sem o pagamento e apoio necessário do governo. Os encaminhamentos estão sendo providenciados, em vista desse momento delicado e insuportável”.
Se o sistema prisional não vai bem, a segurança nas ruas do Acre o cenário não é diferente. De janeiro até agora, mais de 50 mortes violentas já foram registradas, além das tentativas de homicídios, roubos e furtos de veículos, além de outros delitos.