O diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária, Lucas Gomes, disse nesta quinta-feira, 14, que a manifestação das mulheres dos presos na frente da Casa Civil, no centro de Rio Branco, ocorrida hoje de manhã por melhores condições aos detentos é, na verdade, uma espécie de pauta de reivindicação de uma facção criminosa que está insatisfeita com as mudanças no interior do presídio. Essas medidas, segundo o chefe do Iapen, tiraram regalias sem esquecer dos direitos dos apenados.
"Essa manifestação atende a um pedido de uma organização criminosa que está insatisfeita com algumas mudanças que estão ocorrendo dentro do presídio e são justamente a retomada da lei e da ordem nos estabelecimentos prisionais do estado do Acre. O que tem acontecido é que estão sendo lotados prédios com boa estrutura, com boa ventilação, boa iluminação que atendem os parâmetros do Departamento de Penitenciária Nacional, mas que não têm tomadas no interior das celas, por isso não tem como entrar equipamentos eletrônicos como TVs, ventiladores e principalmente celulares", afirmou.
Lucas disse que o Ministério Público e o Judiciário têm acompanhado de perto as mudanças e afirmou que medidas no sentido de manter a ordem no sistema prisional continuará sendo objetivo da atual gestão.
Durante o protesto, as mulheres reclamaram que seus maridos são agredidos diariamente. Elas também pediram que os presos tenham televisor, luz e ventilador na cela e melhores condições de alimentação.
Entre os vários cartazes erguidos pelas manifestantes um delea pedia reuniões com o governador Gladson Cameli e o vice Major Rocha. Cameli não estava na Casa Civil no momento do protesto.