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POLÍCIA

Presídio Antônio Amaro Alves foi construído para abrigar condenados como Hildebrando Pascoal e membros do Esquadrão da Morte

Presídio Antônio Amaro Alves foi construído para abrigar condenados como Hildebrando Pascoal e membros do Esquadrão da Morte

Unidade considerada de segurança máxima vive crise sem precedentes e entra para a história das grandes rebeliões vivenciadas no País

Construído na gestão do ex-governador Jorge Viana (PT), o Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves já abrigou criminosos e figuras conhecidas dos acreanos, como o ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, condenado por liderar o temido “Esquadrão da Morte”.

De segurança máxima, o Antônio Amaro Alves foi concebido a partir da desinstalação da Papudinha, que abrigava apenas ligados ao grupo de Hildebrando, entre eles o pistoleiro Raimundo Alves, o Raimundinho, também condenado por uma série de crimes. Outros 19 membros do “Esquadrão da Morte” também cumpriram pena na penitenciária.

Entre os crimes respondidos por Hildebrando e seu bando está a morte do mecânico Agilson Firmino dos Santos, o Baiano, que segundo apurado teve as pernas cortadas com uma motosserra. O caso ficou conhecido nacionalmente como crime da motosserra. A versão é contestada por Hildebrando. Segundo ele, foi usado um terçado para cortar os membros de Baiano. Ele nega participação no crime.

Em 2018, o presídio passou por reformas e teve sua capacidade ampliada. Saiu de 140 para 296 vagas. Ou seja, mais 156 novas vagas foram abertas na gestão do governador Tião Viana. A ideia era abrigar apenas 8 detentos por cela.

Ontem, quarta-feira (26), criminosos ligados a uma facção criminosa invadiram a sala de armas do presídio, fizeram policiais penais de reféns e executaram detentos rivais. O número de mortos ainda é extraoficial, mas pode superar o total de 7.

Nesta quinta-feira (27), as negociações continuam para que os presos entreguem as armas e a partir daí é que os peritos do IML (Instituto Médico Legal) poderão ter acesso às celas e contabilizar os mortos e feridos.

Para se ter uma ideia da dimensão da gravidade, o IML contratou um caminhão frigorífico para armazenar os corpos.