As mortes de Agilson Firmino, do filho dele de 13 anos e José Hugo marcam uma página triste e macabra de execuções, poder e ódio que envolvem a família Pascoal
A juíza Luana Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, conduz no próximo dia 26 o julgamento do ex-comandante da Polícia Militar do Acre, Aureliano Pascoal Duarte. Ele é acusado pelo Ministério Público do Acre de participação na morte do mecânico Agilson Firmino dos Santos, o Baiano. O crime ficou conhecido como o “crime da motosserra”.
Além de responder pelo crime de homicídio, Aureliano Pascoal, que é primo de Hildebrando Pascoal, vai responder por motivo torpe, tortura, além de não permitir qualquer defesa da vítima, que foi mantida em cárcere privado, em um galpão do empresário Alípio, como já revelado em entrevistado concedida por Hildebrando Pascoal à imprensa nacional.
O julgamento de Aureliano Pascoal deve acontecer sob forte aparato policial e sob o olhar da imprensa acreana. O horário agendado para o início da sessão de julgamento é as 8h30.
Os pistoleiros de Hildebrando Pascoal iniciaram uma busca implacável pelo paradeiro de José Hugo, principal acusado de ter matado com um disparo de arma de fogo Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando. Nessa busca, os pistoleiros mantiveram em cárcere privado Baiano e o filho dele, um adolescente de apenas 13 anos.
Baiano foi a figura central de um dos crimes mais bárbaros registrados na história do Brasil. Ele teve membros inferiores amputados por uma motosserra. Versão contestada por Hildebrando, que afirma que o corte fora feito com facão. Já o adolescente foi morto com disparos de arma de fogo e teve o corpo atingido por substância ácida. Toda a tortura tinha um objetivo: levar ao paradeiro de José Hugo.
Em depoimento em Brasília, quando da sua prisão, o pistoleiro Raimundo Alves de Oliveira, o Raimundinho, confessou ao procurador da República Marcelo Serra Azul que Hildebrando e três irmãos mataram em 1996 Agilson dos Santos Firmino, suspeito da morte de Itamar Pascoal, irmão do ex-deputado cujo corpo foi encontrado com braços e pernas decepados.
Raimundinho também afirmou que matou em 1997 o agente da Polícia Civil Walter Ayala e que participou, no Piauí, com Hildebrando, do assassinato de José Hugo Alves Júnior, também suspeito da morte do irmão de Hildebrando.