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POLÍCIA

“Proposta equivocada”, diz secretário de Segurança Pública sobre intervenção federal

“Proposta equivocada”, diz secretário de Segurança Pública sobre intervenção federal

A proposta de solicitar à União intervenção federal no setor de Justiça e Segurança Pública do Acre é, segundo o secretário Paulo Cezar Santos, uma “proposta equivocada”. O debate sobre o assunto iniciou na última sexta-feira, dia 20, e se fortaleceu no sábado, após a morte de sete pessoas em menos de cinco horas.

A situação piorou na madrugada desta segunda-feira, dia 20, quando 25 detentos fugiram do Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde, curiosamente, menos de uma semana após a Polícia Militar confirmar que tiraria os policiais das guaritas dos presídios acreanos, e uma onda de protesto se alastrar pelas unidades.

Paulo Cezar destacou que a segurança das fronteiras deve ser a prioridade do governo brasileiro e que o assunto “intervenção federal” necessita de diálogo e discussão. Ele destaca a sugestão, dada pelo deputado estadual Roberto Duarte, como irrelevante para o momento. Propõe que a União cumpre as funções constitucionalmente estabelecidas.

“As declarações do Deputado em questão surgem num momento sensível e que carece de reflexão de todos que tem influência sobre a segurança da sociedade, pois acredito que simplesmente requerer intervenção federal é irrelevante, pois antes de requerer intervenção temos que solicitar que a União cumpra seu papel constitucional quanto aos fatores que impulsionam a violência”, pontuou.

Ainda segundo o gestor acreano, o setor de segurança consegue diminuir o número de mortes violentas em 2019 num patamar de 25%, e chama a proposta de Duarte de equivocada, já que novas medidas estariam sendo colocadas em prática pela secretaria. Além disso, Cezar conta que houve um série de investimentos no estado, o que melhorou a forma de trabalho.

“Acredito que a proposta está ligeiramente equivocada quanto ao sentido da intervenção a ser realizada. Novas medidas estão sendo adotadas para retomar essa redução, dentre as quais os diversos investimentos que aportarão ao sistema de segurança neste ano, bem como a futura nomeação dos policiais civis aprovados no último concurso (...) que impactará no aumento de quase 20% nos efetivos das polícias estaduais”, completa.