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POLÍCIA

Redução de 33,6% das mortes violentas no Acre se deve às operações das polícias na luta contra as organizações criminosas, diz delegado

Redução de 33,6% das mortes violentas no Acre se deve às operações das polícias na luta contra as organizações criminosas, diz delegado

No podcast Conversa Franca desta quinta-feira (24), o convidado foi o delegado responsável pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Felipe Martins. Ele bateu um papo comigo e trouxe informações importantes a respeito do combate às facções criminosas no Acre.

O delegado, que é natural do Rio de Janeiro, e assumiu a missão de coordenar uma das delegacias especializadas mais complexas do estado, é servidor público há 20 anos. Antes de ser delegado de Polícia Civil e assumir o cargo em 2020, ele era agente da Polícia Civil no Rio de Janeiro. Felipe Martins comentou sobre os tentáculos das facções criminosas do Brasil, como se originaram e como são articuladas em cada estado da federação.

O delegado destacou, durante o podcast, as ações realizadas pela Draco. Ele salientou que líderes regionais das organizações criminosas foram presos após o trabalho coordenado por ele e seus investigadores. Para a autoridade policial, não basta prender só os cabeças da facção, mas também descapitalizar a organização criminosa para que quando ele [o cabeça] sair do presídio não tenha capital para voltar ao crime.

O número de assassinatos no Brasil caiu 7% em 2021 na comparação com o ano anterior. É o que mostra o Índice Nacional de Homicídios, com base em dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. O delegado relatou a redução de 33,6% de mortes violentas no Acre. O estado ganhou destaque nacional com o menor índice entre os 26 estados.

“Esse é um trabalho conjunto. A partir do momento em que você identifica essas pessoas e consegue retirá-las de circulação, você desarticular e você reflete nesses entes, inclusive a Delegacia de Homicídios foi divulgado no mês passado: conseguiu alcançar um índice de resolução de 70%. Então, assim, os outros estados da federação chegam a 20% no máximo. Esse trabalho também da Delegacia de Homicídios de conseguir identificar muitas mortes ligadas a essa disputa no passado. De 2015 a 2018 eu não estava aqui ainda mas eu acompanhava, depois a partir do momento que eu comecei as etapas do concurso público aqui, comecei a acompanhar notícias e vi a questão de queima de ônibus e de impor toque de recolher à noite e tudo mais. Então foi todo um trabalho de justamente prender essas lideranças separá-las dentro do sistema prisional, começar a identificar. Se você pratica um crime e logo a Polícia consegue investigar, consegue identificar e prender essas pessoas, você tira aquela pessoa que pode continuar praticando aqueles crimes e você mostra para a sociedade tanto aquelas pessoas de bem, que são a maioria, tanto o criminoso que o Estado está trabalhando e todo aquele que violar a lei vai ser responsabilizado e vai ser identificado e responsabilizado”, comentou o delegado.

Felipe Martins também comentou sobre a atuação de outros órgãos que trabalham para coibir a prática criminosa em nosso estado. “Então tem muito isso o trabalho da Denarc, o trabalho da Draco, o trabalho da Delegacia de Homicídios as delegacias regionais, o trabalho ostensivo também da Polícia Militar, o trabalho da Polícia Federal e a gente procura fazer todo esse trabalho em conjunto. O Grupo de Atuação do Ministério Público, o Gaeco. O fato que é definido como crime ou como contravenção penal e começa ali, exceto os crimes militares e exceto aqueles crimes que são de interesse da União os crimes federais que a Polícia Federal atua, mas qual é a nossa função de polícia judiciária? É começar a reunir, a investigar e reconstruir aquele fato. A Polícia Civil, a Polícia Federal, a partir do momento em que o fato ocorre: investigar, identificar e também prender essas pessoas e a partir daí poder entregar o material de qualidade de investigação para que o Ministério Público, titular da ação penal privada, que ele possa oferecer a denúncia. A partir daí ocorre um julgamento ao acusado. Lhe é dado o direito de ampla defesa e contraditório e depois é dado uma sentença. Então esse trabalho aqui, esses números são reflexo desse trabalho. Um trabalho que a cada dia é feito por muitas mãos. Um trabalho que deve ser sempre objetivando essa redução e trazer a tão falada e tão sonhada paz, a sensação de segurança para a população”, finalizou o delegado Felipe Martins. Acompanhe este super bate papo através do nosso canal no YouTube