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POLÍCIA

Relatório aponta falha no fornecimento de alimentos aos apenados no Francisco D’Oliveira Conde

Relatório aponta falha no fornecimento de alimentos aos apenados no Francisco D’Oliveira Conde

Servidor diz que veio menos marmitas do que o atestado na nota de pagamento. Ele lembra que pelo menos 8 presos foram dormir com fome, pois a empresa que presta o serviço ao Estado não encaminhou as refeições. Por outro lado, o Iapen diz que mantém controle rigoroso no processo de fornecimento das marmitas aos reeducandos. O diretor-presidente Arleilson Cunha confirmou o caso e disse que a denúncia está sob investigação.

Um relatório de ocorrência da Polícia Penal no Francisco D’Oliveira Conde identificou uma falha grave no fornecimento de alimentação aos apenados. De acordo com o documento manuscrito, o policial penal informa que recebeu uma nota fiscal na hora do almoço contendo 680 marmitas. Entretanto, só chegaram 630 marmitas.

O documento mostra, ainda, que o problema ocorreu tanto na janta quanto no almoço. Ou seja, pode ter sido pago um valor, mas o total entregue não corresponde. Pelo documento é possível perceber que o servidor público teve o cuidado de anotar que naquele dia “foi feito o pedido e não veio a janta dos presos”. Pelo menos 8 detentos ficaram com fome naquela noite, problema já recorrente no almoço, como mostra também o relatório.

“Informo que na hora do almoço foi entregue uma nota contendo 680 marmitas, (634 marmita normal e 46 dieta), sendo que no pavilhão constam apenas 630 presos, sendo essa quantidade que chegou nos carrinhos de marmita. Já na janta se repetiu a mesma coisa do almoço em relação à quantidade da nota e quantidade que chegou ao pavilhão. Informo que a nota não foi assinada e ainda ficou 08 (oito) presos sem jantar. Foi constatada a falta, foi feito o pedido e não veio a janta dos presos”, diz o servidor público alertando para a falha no fornecimento e o possível pagamento indevido.

O Notícias da Hora ouviu o diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Arleilson Cunha. Ele disse que teve conhecimento do caso, que o caso foi denunciado pelo policial penal que atestou a chegada das marmitas ao Complexo e especificamente ao pavilhão em que houve o problema.

“No caso aí, nós tomamos conhecimento e o servidor detectou. É tanto que foi ele que levou ao conhecimento, né. A partir daí foi instaurado um procedimento administrativo, também acredito que foi levado ao conhecimento da Polícia Civil. Então, outra coisa, o Iapen atua no controle do fornecimento por meio do fiscal do contrato. O próprio servidor que faz o recebimento lá no momento, faz a conferência das marmitas. Porque é entregue lá na frente do pavilhão antes de entrar, então tem um servidor lá que atesta a nota de entrega e faz o recebimento. Então, o próprio servidor lá fiscaliza no ato da entrada”.

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